A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) já iniciou as investigações sobre os motivos da paralisação do Speedy da Telefônica, ocorrida na semana passada e que afetou os cerca de quatro milhões de usuários do serviço. A agência está verificando não só a qualidade dos serviços prestados, mas também o nível de confiabilidade da rede de telecomunicações. Após a análise das ocorrências, serão procedidas as devidas autuações e, se for o caso, aplicar as sanções regulamentares. Haverá a exigência de ressarcimento dos danos causados aos consumidores prejudicados pela falha, avisa.

A falha no Speedy ocorreu entre os dias 6 e 9 deste mês, aparentemente por sobrecarga anormal. Segundo nota da Telefônica, parte da sua infraestrutura que dá suporte ao acesso à internet foi alvo de ações deliberadas e de origem externa que acarretaram dificuldades de navegação em páginas da internet aos seus clientes. Estas ações, disse a empresa, desestabilizaram os servidores DNS (Domain Name Server – Servidor de Nome de Domínio), que são equipamentos que fazem a conversão dos nomes dos websites (como, por exemplo, www.telefonica.com.br) para os endereços IP correspondentes.

A Telefônica informou que o ataque dos hackers não afetou serviços de mensagens instantâneas e de trocas de arquivos por meio de redes peer-to-peer. Da mesma forma, não sofreram alterações os serviços de comunicação e rede de dados corporativos e de suporte a serviços públicos. A operadora comunicou ainda que iniciou diálogos com a Anatel e entidades de defesa do consumidor para que, nos termos da regulamentação vigente, não sejam cobrados os períodos de instabilidade do serviço.

As falhas observadas na semana passada não foram as primeiras do Speedy. Em julho do ano passado, clientes residenciais e corporativos da Telefônica ficaram quase dois dias sem acesso ao serviço de banda larga da companhia. A falha afetou serviços de internet da empresa em todo o estado de São Paulo.