O conselheiro da  Anatel, Plinio de Aguiar, não irá mudar o seu voto sobre a questão do ponto extra da TV por assinatura, cujo relatório será novamente discutido esta semana pelo conselho diretor. Segundo ele, estudos da Anatel indicam que o ponto extra não pode custar mais do que R$ 6,00 por mês. "Nunca defendi a gratuidade do ponto extra, mas sim que não haja abuso na cobrança . E as operadoras chegam a cobrar R$ 25,00 por ponto, o que é um absurdo", reclamou.

Embora a relatora Emília Ribeiro tenha se manifestado favoravelmente pela cobrança do ponto extra aos valores atuais, Aguiar não acredita que sua posição será minoritária amanhã na reunião do conselho. Isso porque, explica, o voto do primeiro relator, o ex-conselheiro Pedro Jaime Ziller de Araujo deve ser levado em consideração. "Por enquanto, o placar está empatado em 2 a 2", afirmou. Em seu voto, Aguiar ressalta que as empresas só podem cobrar pela instalação e operação do ponto extra, taxa essa que pode ser mensal, admite.

Ele não concorda com os argumentos dos operadores de TV por assinatura de que a Anatel não poderia estabelecer um preço, visto que a TV paga é um serviço prestado no regime privado."Cabe à Anatel coibir abusos de qualquer operador", concluiu. Plinio de Aguiar participou do 17 Encontro Tele.Sintese, promovido pela Momento Editorial.