O varejo de moda é um dos setores mais inovadores no mundo. Optar por participar das novidades do mercado influencia na competitividade do negócio. Acompanhar as tendências de produtos e serviços permite que as empresas do setor se adaptem às novidades e atendam melhor ao público alvo. O relatório de inteligência produzido pelo Sebrae apresenta as principais tendências da área para 2018, incentivando o empresário a refletir sobre suas principais oportunidades.

A aplicação de tendências no negócio anda de mãos dadas com a inovação, portanto, para aproveitar as oportunidades do mercado é necessário se abrir ao novo e testar. Entre as principais tendências para este ano estão os conceitos de fabricação sob demanda, pagamentos invisíveis, varejo híbrido, canais alinhados e o uso de vídeos.

Fabricação sob demanda

A fabricação sob demanda permite aos varejistas produzir roupas logo após a compra online ou presencial do modelo. Dessa forma, a produção que respeitava uma periodicidade programada e rígida, pode ser feita quando solicitada e em menor tempo. Este movimento é influenciado por vários aspectos sociais no setor da moda, como desejo de exclusividade, sustentabilidade e excesso de estoque.

Os consumidores têm o desejo de obter produtos e serviços exclusivos, representando a sua diferenciação na sociedade. Na fabricação sob demanda o cliente influencia o design do produto na escolha do tecido, cores, botões, estampas, aviamentos, bordados, etc.

Este modo de produção também possui um viés sustentável, pois reduz o desperdício de materiais e energia. Isso porque ao invés de entregar ao varejo uma coleção com peças iguais, que não serão retiradas da loja em sua totalidade, o estabelecimento obtém apenas o que já foi vendido, evitando reter material. Quando o empresário opta por fabricar sob demanda ele acaba por evitar a maioria dos problemas encontrados no planejamento de estoque.

Pagamentos invisíveis

A experiência que os consumidores têm em todo o processo que envolve a compra de um produto ou serviço é determinante na continuidade do relacionamento com a marca. Portanto, o pagamento faz parte de mais um passo para fortalecer essa relação, e torná-lo invisível auxilia a fidelizar o cliente de forma mais ágil.

Para compreender a ideia do pagamento invisível, imagine uma pessoa entrando em uma loja física de roupas, o cliente seleciona e prova as roupas que têm interesse e sai da loja com as peças escolhidas. Todo esse processo ocorre sem a interação com vendedores ou caixas, apenas utilizando um aplicativo no smartphone, que identifica o código das roupas, os valores e a forma de pagamento (débito, crédito, parcelado) a ser realizada.

A tecnologia do pagamento invisível já faz parte do dia a dia do consumidor, quando ele opta por utilizar serviços de assinatura, de transporte (Uber) ou streaming de músicas (Spotify), situações nas quais o pagamento ocorre quase de forma imperceptível. Tornar o pagamento invisível permite retirar a preocupação e estresse que muitas vezes são gerados nesta etapa, permitindo ao cliente focar sua experiência em pontos fortes da marca, como design, ambiente e atendimento.

O pagamento invisível está incorporado na tendência “no friction” que é caracterizada pela venda sem vendedores ou qualquer tipo de intermediário. Dessa forma, o cliente possui acesso direto aos produtos no local, construindo uma jornada de compra sem ruídos.

Varejo híbrido

O conceito do varejo híbrido é oferecer em um mesmo local ou ambiente, produtos de segmentos diferentes, mas que atendem o mesmo público-alvo. Esse formato de negócio permite aumentar o ticket médio do cliente, possibilitando que ele encontre em um único lugar variados produtos, como camisas, relógios, tênis, etc.

O varejo híbrido na moda vai além de possuir na mesma loja roupas e calçados, é possível transformar o espaço em um local de encontro para os clientes, oferecendo alimentos e bebidas. Quanto mais tempo um cliente visualiza os produtos e se sente bem no local, maior a intenção de retornar e comprar.

Canais alinhados

Canais alinhados significam que as marcas devem estar no ambiente offline e online, atendendo ao consumidor que utiliza ambos canais. Vamos imaginar que um cliente entrou em uma loja física e provou um vestido, mas prefere realizar a compra na loja online da marca. O empreendedor dever estar preparado para receber esse perfil de cliente.

O alinhamento dos canais é importante para evitar a concorrência entre eles. Na visão do cliente, ele está provando e comprando da mesma marca, não existe mais uma divisão no consumo, encarando o processo de forma natural.

Vídeos

De acordo com uma pesquisa da Cisco sobre previsões, em 2020, 82% do tráfego da internet será provocado por vídeos, e atualmente 86% dos brasileiros que estão online, assistem vídeos. Se esses não são motivos suficientes para o empresário investir em vídeos e prestar atenção nas próximas tendências desse formato, é importante entender que 80% das pessoas lembram dos vídeos que assistiram nos últimos 30 dias, segundo a pesquisa da Video Brewery. E dentro desse grupo, 46% dos consumidores que viram os anúncios, foram influenciados a buscar mais informações sobre o produto, a empresa e até mesmo efetuar a compra.

Mais informações

Para saber mais sobre o mercado de Vestuário, acesse o portal do Sistema de Inteligência Setorial. Lá você também terá informações sobre os próximos eventos do setor.

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