O Dia Mundial da Amamentação, comemorado em 1º de agosto e disseminado durante o mês por meio de diversas atividades, alerta mães e pais sobre a importância do aleitamento materno. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que, até os seis meses de vida, a criança seja alimentada exclusivamente com leite materno. Depois, deve haver a introdução de outros alimentos, com indicação de amamentação até os dois anos de idade. Para o pediatra cooperado da Unimed Porto Alegre Roberto Issler, o leite materno está sempre pronto, na composição adequada para garantir o crescimento da criança. “Já está mais do que comprovado que crianças amamentadas têm menor risco de apresentar pneumonia, otite, diarreia, sobrepeso e diabete”, ressalta. Diversas organizações mundiais trabalham a Campanha de Aleitamento Materno por meio de atividades. Em 2019 o slogan é “Capacite os pais e permita a amamentação, agora e no futuro!”.

O crescimento saudável do bebê é apenas um dos diversos benefícios que o aleitamento materno proporciona. Segundo Issler, a amamentação impacta inclusive no QI das crianças. “Um estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas, que acompanhou mais de 3 mil bebês por 30 anos, mostrou que as crianças amamentadas por pelo menos um ano tinham pontuação de QI significativamente maior do que as não amamentadas”, conta. Além de oferecer um alimento completo, o ato de amamentar traz diversos benefícios para a mulher e conexão única entre mãe e filho. “Mulheres que amamentam têm menor risco de apresentar câncer de mama e de ovário, aumentam o intervalo intergestacional e ainda perdem peso mais rápido. Há ainda o contato íntimo entre a mãe e a criança, que proporciona oportunidades e experiências que irão impactar positivamente a vida de ambos”, explica o pediatra.

Para uma amamentação tranquila e saudável, o médico ressalta ainda alguns pontos que exigem atenção na hora do ato. “É importante observar medidas muito simples, como uma boa posição da criança, colocada ‘de barriga com barriga’ com a mãe, que deve estar sentada confortavelmente, com as pernas e corpo apoiados. A criança deve abrir bem a boca, com os lábios virados para fora, para que possa abocanhar adequadamente toda a aréola do seio. Assim a língua irá pressionar gentilmente o mamilo contra o céu da boca, não causando dor ou trauma – as chamadas ‘fissuras’ – e retirando o leite de que precisa”, explica.

Além de ressaltar a importância do aleitamento, o pediatra Roberto Issler reforça ainda a doação de leite materno, que pode ser incentivada pelos profissionais da saúde. “O leite, depois de analisado e processado, pode ser oferecido para os recém-nascidos prematuros. Quando esses bebês podem ser alimentados com o leite de suas mães ou de mães doadoras, apresentam menos infecções, recuperam-se mais rápido e se beneficiam com todos os componentes do leite materno”, explica Issler. Porém, o médico lembra que é preciso se informar sobre como retirar e armazenar o leite para doação. “Existem bancos de leite em algumas maternidades de Porto Alegre que têm um serviço especial de coleta domiciliar, para facilitar a doação.”

Unimed Porto Alegre oferece oficinas sobre aleitamento materno

Por meio do programa Saúde da Gestante e do Bebê, a Unimed Porto Alegre promove atividades que orientam e auxiliam mães e pais nos cuidados com o bebê. Entre as atividades, há oficinas sobre aleitamento materno, que abordam temas como os cuidados com as mamas, correção da “pega” e extração do leite. As atividades fazem parte do Programa Viver Bem. 

Informações de como participar, bem como datas, horários e locais, podem ser obtidas pelo link www.unimedpoa.com.br/blogviverbem.