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Lutas internas, O último Adeus, Tragédia de Mariana e Maktub
   
     
 


30/12/2019

Lutas internas, O último Adeus, Tragédia de Mariana e Maktub
Poesias de Bady Curi Neto, advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e professor universitário

Lutas internas

 

Não pense em disputas

Não queira a guerra

Orgulhe-se de suas lutas

De suas lutas internas

 

Não diminua seu oponente

Nem lhe deseje o insucesso

Apequenar o concorrente

É ofuscar o seu sucesso

 

Não critique quem é grande

Meça nele sua inspiração

Batalhe por suas vitórias

Ao alcançá-las, maior a satisfação

 

Não perca tempo com lutas inglórias

Estirpe as falsas desilusões

Instigue seus desafios

E o triunfo será sua gloria

 

Divida os louros do vencedor

Com quem ao seu lado lutou

Não faça da graça a desgraça

Aquele que o apoiou.

 

O último Adeus

 

Naquela sala fria

Na hora do último adeus

O coração corroía

Não o de meu pai,

Que posto sobre a maca

Em um quarto de CTI

Com a vida por um fio

Já desacordado

Chamou ali seu filho

 

Uma ligação metafisica

Em uma chamada psíquica

A uma hora da madrugada, compareci

Foram comigo seus netos

A última reunião dos Bady (s)  1

Com os olhos envermelhados

Ao ver os seus cerrados

Choramos e oramos

E ao beijar suas mãos, me despedi.

 

1 O autor (Bady Neto) leva o mesmo nome se seu pai, assim como os filhos (Badyzinho e Lucas Bady)

 

Tragédia de Mariana

 

(H)ouve-se um estrondo

Rompeu-se a barragem

Rasga-se em um rombo

Em dia de estiagem

 

Soa o alarde, uma sirene tardia

Tenta dar o aviso

Da tragédia que se anuncia

Já é tarde!!!!

 

Uma avalanche de lama

Fazem mortos e desaparecidos

Não haverá sequer sepultura

Corpos sumidos aos detritos

 

Um enchente lamaçal

Pôs fim na vida de um distrito

Findou Bento Rodrigues

Morreu assassinado e proscrito

 

Mariana não velará seus mortos

E suportará outras tantas dores

Inundou-se do Guaxupé ao Rio Doce

Calamidade sem pudores

 

Tantos ouvidos moucos

E olhos de quem não viu

Céticos, sem preceder a lastima

Irresponsabilidade dos loucos

 

Um rio, antes, límpido e Doce

De pureza a ser bebida

Levava vida aos municípios

Agora com aguas esquecidas

 

Peixes morreram asfixiados

Na privação do oxigênio

No afluxo que virou Barro

Retratos?  canoeiros atolados

 

Nunca se vira tanta tristeza

Por tão grande extensão

De Mariana à Regência

Levando Desolação

 

O luto será a penitencia

Pela ofensa a Natureza

Até que O Mar do Espirito Santo

Limpe a lama dos nossos prantos.

 

Maktub

 

Não desvie seu olhar

Emudecendo meu sorriso

Faça do meu verso

O seu inédito improviso

 

O despertar do inverso

Fará meu acaso

O seu imprevisível

 

Arrolhar sentimentos?

Se a insanidade do ardor

Pode tardar a eternidade

Ou surgir em único momento

 

E que este instante seja perdoado

A vida é maktub,

E não tabuleiro, um jogo de dados 

Fonte: Bady Curi Neto
Autor: O autor
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte
Autor da foto: Arquivo pessoal


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