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Aquisição da Medley pela Sanofi-Aventis muda a composição de forças da indústria farmacêutica

Com a compra, fechada pelo valor de 500 milhões de Euros, o grupo farmacêutico francês assume a liderança do segmento na América Latina, atingindo uma participação de 12% no Brasil. Assim, amplia a presença do capital estrangeiro no mercado local de genéricos - ao lado da Sandoz/Novartis - área até agora dominada por empresas brasileiras como EMS, Eurofarma e Aché.

Recentemente, a Sanofi também comprou uma fabricante mexicana de genéricos, os laboratórios Kendrick,e adquiriu por US$ 2 bilhões a produtora tcheca de medicamentos genéricos Zentiva, pulando da 23ª para 11ª posição entre os maiores fabricantes desse tipo de remédio no mundo.

O mercado de genéricos deve assistir a novas aquisições como esta. São esperados movimentos das gigantes mundiais, como a israelense Teva e da indiana Ranbaxy, que, segundo fontes do mercado, estuda expansão no mercado brasileiro. Tudo isso pode tornar cada vez mais distante o sonho do governo de criação de uma grande farmacêutica nacional.

Essa aquisição satisfaz dois objetivos estratégicos: por um lado permite à Sanofi se fortalecer no segmento de medicamentos vendidos sob receita e por outro amplia consideravelmente a presença da empresa em um país emergente de rápido crescimento.

A Medley é a terceira maior farmacêutica do mercado brasileiro e líder em genéricos, com faturamento de R$ 458 milhões, dos quais mais de dois terços provenientes de sua atividade de genérico. Com um portfólio de 127 produtos, o laboratório brasileiro se preparou para acompanhar o vigoroso crescimento desse mercado, que só em 2008 registrou alta de 18,9%, com a comercialização de 277,1 milhões de unidades frente as 233 milhões do ano anterior. Juntas, as indústrias do segmento movimentaram US$ 2 bilhões no período, crescimento de 33% em relação a 2007, quando as vendas somaram US$ 1, 522 bilhão.


Autor: Redação
Fonte: Fehosul Notícias

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