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Dezesseis anos de Liquida Porto Alegre
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Fevereiro se tornou o segundo melhor mês do ano para o comércio da Capital, ficando atrás apenas do Natal. Esse cenário faz parte do calendário da cidade há 16 anos, quando iniciou o Liquida Porto Alegre. A maior liquidação do Brasil, além de alavancar as vendas, gera um envolvimento direto de até 50 mil pessoas em torno do Liquida Porto Alegre, o que não apenas gera mais empregos, mas também renda e recursos para o Estado.
Presidente da CDL Porto Alegre em 1996, ano em que surgiu o primeiro Liquida, Atílio Manzoli, atualmente integrante da diretoria da entidade, contou à CDL News como tudo começou e também falou sobre algumas curiosidades que aconteceram ao longo desses anos. Confira abaixo:
Como surgiu a ideia de criar o Liquida Porto Alegre?
Surgiu de uma conversa que tive com o José Roberto Resende (Sleep Shop), onde estávamos comentando que o mês de janeiro, para alguns, dava prejuízo, e fevereiro mais ainda, principalmente para lojas do segmento de moda casa e eletrodomésticos. Quando havia inflação, os prejuízos eram maiores nestes meses, pois a inflação "comia" o prejuízo. Então, tínhamos que dar um jeito de reverter essa situação. Olhamos o modelo de liquidações fora do país e também no Brasil, analisamos o modelo espanhol, o inglês, e o americano. Fizemos uma composição e criamos o Liquida Porto Alegre. Apresentamos para a diretoria da época e os diretores abraçaram uma parte do projeto. Cada um ficou responsável por cuidar de alguma área, por exemplo, o Vilson Noer (Livraria Idiomas) ficou com o financeiro, o Eduardo Tevah (Tevah), com regras e ética, o Silvio Sibemberg (Gang) com o marketing. O grupo, então, estudou como faríamos para executar e concretizar o Liquida. Com as funções distribuídas, geramos um núcleo fundamental para compor o Liquida. E então, fizemos a primeira edição.
Como o comércio da Capital reagiu com essa grande liquidação na época?
Eu e o Resende falamos aos lojistas que faríamos uma grande liquidação, explicamos como funcionaria, e eles reagiram muito bem. Nos reunimos no Teatro da Ospa, que ficou lotado para aquele momento. A partir daí, o Liquida começou a decolar. Na época ele cobria Porto Alegre e todo o Estado. O governo estadual e a prefeitura apoiaram o Liquida. Os lojistas aderiram em massa.
De 16 anos para cá, quais as principais mudanças do Liquida?
O fato de ter sido um evento criado para a cidade, cada um enxerga o Liquida como "próprio". Os lojistas dizem "O Liquida é meu", o município diz que é de Porto Alegre, e o consumidor também se sente dono do Liquida. O grande sucesso é este, que ele pertence a todo mundo e todo mundo zela por ele. Já que foi uma coisa boa para todos, a imprensa reconheceu e começou a multiplicar o Liquida, que está agora na sua 16ª edição, cada vez maior e mais inovador. Acho que o Liquida é um modelo que dá certo e vale sempre tentar coisas novas, a cada ano que passa. E esse é o principal desafio.
Lembra de alguma história curiosa ou algum momento marcante durante esses anos de Liquida?
Lá pelo segundo, terceiro ano, vi o Largo Glênio Peres completamente lotado. Subi no palanque com o prefeito da época, Raul Pont, e havia uma multidão de gente nos ouvindo. Muita gente! Uma platéia gigante! Conseguimos mobilizar muitas pessoas, foi incrível! E ouvíamos as pessoas dizerem "Vai ter de novo! Que coisa boa, vamos aproveitar!" Fiquei impressionado.
Autor: Grazielle Araujo
Fonte: Imprensa CDL Porto Alegre
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