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No Brasil, segundo as estimativas da OMS, ocorrem mais de 5 milhões de novos casos de infecções de transmissão sexual como sífilis, gonorreia, clamídia, herpes genital e HPV a cada ano De acordo com o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, as DST são um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Em ambos os sexos, elas tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a Aids. No Brasil, segundo as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorrem mais de 5 milhões de novos casos de infecções de transmissão sexual como sífilis, gonorreia, clamídia, herpes genital e HPV a cada ano. Durante o carnaval, em meio aos blocos, diversão, fantasias, bebidas alcoólicas e música, há quem acabe se descuidando da proteção durante a relação sexual, o que pode favorecer a aquisição de certos tipos de agentes infecciosos. A infectologista do Weinmann Laboratório, Marcelle Duarte Alves tira algumas dúvidas sobre as DST mais comuns. Confira: Há inúmeros relatos de infecção pelo Treponema pallidum (sífilis) e pelo herpes simples pelo beijo. Sim, há. Novamente, há relatos de transmissão de sífilis pelo sexo oral, além de herpes simples e do HPV. Embora esse seja um dos maiores mitos da história das doenças sexualmente transmissíveis (DST), não se transmite sífilis, gonorreia, clamídia ou ainda herpes simples dessa forma; entretanto, no caso do HPV existe a possibilidade de transmitir o vírus pelo contato sexual de forma mais genérica, ainda que o ato sexual não seja completo. "Brincadeiras sexuais" que não envolvam o coito propriamente dito podem permitir a infecção pelo HPV (e não pelos outros agentes) ainda que de forma menos eficiente. Da família Papillomaviridae, a espécie papilomavírus humano abrange mais de 200 subtipos. Boa parte produz apenas verrugas, e cerca de 20 a 30 tipos alojam-se na área genital. Dois deles, o HPV-16 e o HPV-18, estão fortemente relacionados ao câncer de colo uterino. A forma mais comum de transmissão é a sexual ou pelo contato íntimo (genital-genital, por exemplo), o que explica a possibilidade de contrair a doença mesmo em relações sexuais com preservativo. A infecção causa coceira e irritação, na fase inicial, e produz verrugas genitais, que podem trazer desconforto e sangrar. A infecção persistente determina alterações nas células da região, que podem evoluir para lesões que predispõem ao câncer. Existe tratamento para todos os tipos de lesão, que, entretanto, não elimina a presença do vírus. Por outro lado, nem sempre a infecção traz sintomas, por isso é importante manter o acompanhamento ginecológico e urológico periódico. Sim, devido ao trauma. Como nessas situações a lubrificação é muito menor, o risco de transmissão aumenta. Não. O vírus herpes simples pode ser eliminado na fase entre as crises com feridas (período intercrítico). Por essa razão, o cuidado tem de ser contínuo, ainda que o paciente-fonte não tenha lesões naquele momento. Não, mas reduz substancialmente. E o uso deve ser fortemente estimulado, pois para a prevenção de transmissão do vírus HIV, por exemplo, a camisinha é a solução mais efetiva. A vacina quadrivalente contra o HPV, comercializada no Brasil sob licenciamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é indicada para a população feminina entre 9 e14 anos. Recentemente, foi incluída também a vacinação da população masculina de 12 a 13 anos. Em ambos os gêneros, preferencialmente antes do início da vida sexual, porém pode ser feita a qualquer momento nessa faixa etária. O esquema recomendado é composto por duas doses. A segunda dose deve ser administrada seis meses após a primeira. Como eventos adversos, podem ser relatados febre e dor, eritema ou edema no local da aplicação, segundo a infectologista. Sobre o Weinmann Laboratório Autor: Dionei Valler Fonte: Prática |