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Artigo de Vitor Augusto Koch Presidente da FCDL-RS

A recente prisão do dirigente da JBS, Joesley Batista – razão de suas gravações saírem do próprio controle - em conjunto com o avassalador depoimento de Antônio Palocci, na operação Lava-Jato deixa claro que o poder sem controles rígidos é absolutamente corrompível e dramaticamente danoso para a sociedade.

Em ambos os casos, o que ficamos sabendo, seguramente seria descreditado por muitos, se os depoimentos e provas não fossem tão contundentes.

No entanto continua sendo surpreendente que diante de tais confissões que não deixam dúvidas sobre o seu teor, os jornais de grande circulação, parlamentares e administradores públicos de primeiro e segundo escalão ainda insistam em jogar a questão para o obscuro ambiente da política brasileira, onde barbaridades tendem a ser ocultas e negociadas sob a máscara de um discurso de palavras vazias.

Até prova em contrário, são as “palavras vazias” - isto é, sem consequência e muito menos comprovação - o princípio dos grandes engôdos e ladroagens no Brasil.

Falar é fácil. No mote marqueteiro do “Tem Que Mudar”, “Novo Modelo”, o nosso país realmente mudou. Para pior!

O populismo esconde a falta de objetivos, planos e metas realistas. E esta bagunça gera o descontrole que é o ambiente mais fértil para a corrupção e a destruição das instituições.

Lamentável é que este tipo de crime, que pode ser visto como uma forma hedionda de terrorismo se propagou além do que chamaríamos de “alta política”, se fazendo presente em vários segmentos da sociedade; entidades públicas e privadas.

Vender silêncios, mudanças de posição são atentados irreparáveis à própria consciência de quem se submete ao que hoje conhecemos como corrupção passiva. E isto tristemente está bem mais próximo do nosso dia-a-dia do que as manifestações midiáticas de Joesley e Palocci.

Para que a nossa força moral efetivamente esteja sintonizada com as necessárias mudanças para o bem, a coerência entre propósitos e atos deve ser firme e inegociável.

Além disto, não podemos nunca mais nos deixar enganar por palavras vazias. Elas podem até cair bem em nossas mentes; porém são enganosas caso desprovidas de efetivos caminhos, metas e consistentes análises da realidade.

Na FCDL-RS estaremos em breve relançando a campanha “Salve o Brasil”, focando a intervenção do movimento lojista gaúcho, principalmente, nas eleições majoritárias de 2018.

A força moral para levar coerentemente esta campanha adiante é indissociável de que nós mesmos permaneçamos imunes a todos os maus hábitos que acabaram por transformar o nosso riquíssimo Brasil em um local de caos, anarquia e corrupção.

Vitor Augusto Koch, Presidente FCDL-RS


Autor: O autor
Fonte: Vitor Augusto Koch

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