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Artigo de Vitor Augusto Koch presidente da FCDL/RS Está sendo muito divulgado um vídeo nas redes sociais chamando a atenção para a Dinamarca. Os ancestrais dos antigos cidadãos do país eram os famosos Vikings, que viviam de saques, aterrorizando vários povoados da antiga Europa. Entretanto, chegou o dia em que os Vikings desistiram da vida bárbara e decidiram se tornar comerciantes. Para tanto, estabeleceram duas regras básicas: cumprir a palavra e primar pela honestidade, o que nada mais é do que os principais pressupostos para um lojista de sucesso bem estruturado. A consequência desta história – e é sobre isto que o vídeo mencionado trata – a Dinamarca é permanentemente ranqueado como o país mais honesto do mundo; tanto o povo em geral, como seus governantes. Então, se um bando de saqueadores que simplesmente resolveram se regenerar, formaram uma sociedade exemplar, por que isto não pode acontecer com o nosso Brasil? Claro que a resposta para esta questão, mesmo sendo óbvia, nos parece um tanto quanto utópica nos dias de hoje. No entanto, não reagir aos atuais e terríveis padrões de deslealdade com os quais estamos convivendo parece ser ainda mais surreal. Neste aspecto fica fácil apontar para os maus políticos brasileiros que estampam as manchetes com falcatruas e – ainda bem – as referências aos seus julgamentos pela justiça. Também é algo óbvio lembrar dos bandidos do crime organizado, assaltantes, assassinos, traficantes, etc. O que é realmente difícil - e sofrido – é ter que reconhecer que estes padrões desviados de um comportamento digno estão cada vez mais perto da realidade diária. Decepção, revolta e raiva, apesar de serem naturais nestas situações que nos vitimam, não levam a nada de bom. A tristeza é um pouco diferente, pois ela nos leva a refletir e muitas vezes tomar decisões que não desejamos, mas que são absolutamente necessárias. A cobiça desacerbada, na maioria das vezes liderada por interesseiros, irresponsáveis e mentirosos não mede a nocividade de seus atos. Mesmo que isto signifique, para pessoas com desvio de comportamento, jogar a credibilidade de toda uma construção ao Leo, pensando que, se chegar ao poder, a reconstrução é questão de tempo. “Jamé seu mané!” Credibilidade requer muito trabalho, seriedade, eficácia, persistência e resiliência. O sucesso não é construído com dinheiro e sim com ações que favoreçam aos que estão necessitados, em qualquer organização. Ao admirarmos o bom exemplo do povo dinamarquês, devemos ser coerentes e individualmente não aceitar passivamente desvios de conduta. Se quisermos que o nosso meio mude, temos de ser exemplares nas horas boas e nas ruins. Participar de movimentações predatórias, ou enviar representantes, mesmo que por curiosidade, é ser conivente e apoiador do retrocesso. Devemos ir adiante à busca de um Brasil mais ético; missão esta que deve começar dentro do nosso próprio meio. Vitor Augusto Koch Presidente FCDL-RS Autor: O autor Fonte: Vitor Augusto Koch |