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Artigo do empresário Estevão Leuck, diretor da Leuck IHP, de Porto Alegre, a respeito das medidas preventivas em relação ao coronavírus e seus reflexos para as empresas

Após mais de uma década atuando em um ambiente hostil e insalubre para qualquer empreendedor, as empresas brasileiras, bastante debilitadas, estavam conseguindo se recuperar gradativamente.  Para isso, tiveram que resistir a fatos como a apneia mercantil e a greve dos caminhoneiros para conseguir manter as portas abertas. 

Com o novo governo federal, veio um ministro da Economia trazendo um tom de avanço, fazendo a engrenagem começa a se mover, lentamente. Quando a economia começa a reagir, passamos a enfrentar o coronavírus. Um teste de resiliência para os empresários. Governadores e prefeitos decretam que as empresas fechem suas portas e as que já faziam uma verdadeira gincana para vencer, mensalmente, suas obrigações legais, isso em um cenário de normalidade, abruptamente observam sua receita estancar. 

Mas, ao mesmo tempo, os custos fixos, a folha de pagamento e as obrigações sociais, não.  Sem liquidez, o colapso financeiro é imediato. O presidente Bolsonaro, em seu pronunciamento no dia 24 de março, clama pela normalidade e é considerado um genocida por parte da sociedade. 

Tenham certeza de que o Rio Grande do Sul não resiste mais duas semanas sem atividade econômica. As empresas irão fechar e o desemprego será total. Até aqueles que gozam da tal estabilidade como irão receber se o Estado, que já não vence a folha há um bom tempo, fica sem arrecadação?  

O cenário econômico futuro projeta uma Venezuela para o Rio Grande do Sul e para o Brasil. É preciso; combater o coronavírus e evitar a quebradeira geral. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou que a epidemia vai declinar   quando a metade da população estiver infectada. 

Então, devemos blindar nossos velhinhos e não deixar aumentar o caos. Precisamos encontrar o caminho da retomada, não deixando o mundo parar. Que as lições no âmbito humano desta crise nos façam ser melhores daqui para frente. 


Autor: O autor
Fonte: César Luis Moraes

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