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Como manter o coronavírus longe do ambiente escolar e proteger alunos e professores Telemedicina e plano de adaptações e medidas de prevenção à COVID-19 estão entre os serviços indicados para proteger estudantes, professores e funcionários A data ainda não foi definida, mas a volta às aulas presenciais no Colégio Anchieta vai ser bem diferente do que a comunidade escolar estava acostumada. Escalonamento nos horários de entrada e saída dos estudantes, distância entre as classes, turmas menores dentro da sala de aula, uso de equipamentos de proteção individual e muito álcool em gel em todos os ambientes. Uma equipe de consultoria do Hospital Moinhos de Vento está avaliando as rotinas e elaborando um plano de ação com as adaptações necessárias para reduzir os riscos de infecção pelo novo coronavírus. O superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, destaca que a pandemia de COVID-19 mudou hábitos, que devem permanecer depois da retomada. Mas as ações em cada ramo de atividade precisam ser específicas. “Sabemos que teremos que conviver com o novo coronavírus até que se encontre uma vacina e um tratamento eficaz cientificamente comprovado. Enquanto isso, as medidas de prevenção para reduzir a transmissão e garantir ambientes mais seguros devem ser específicas para cada atividade. Nas escolas, com grande concentração de crianças e jovens circulando, educar para cuidar de vidas é a melhor estratégia”, pontua. Atividades educativas e de orientação devem ser constantes. Alinhado com os valores do hospital, o diretor-geral do Colégio Anchieta, Padre Jorge Álvaro Knapp, cita um trecho bíblico de João para explicar que a missão da escola é a mesma: cuidar da vida. “São mais de três mil vidas que são confiadas ao Colégio Anchieta por famílias que deixam seus filhos diariamente conosco, além dos professores, colaboradores e parceiros. Por isso, buscamos o apoio técnico e científico do Hospital Moinhos de Vento para respaldar nossas ações preventivas nesse tempo de coronavírus”, ressalta. Preocupação comum na comunidade escolar O gestor da Consultoria Moinhos de Vento, Chander João Turcatti, as escolas são maioria entre as instituições e empresas que buscam o serviço. As diretrizes são desenhadas especificamente para cada uma, conforme suas características, e focadas na mitigação de quaisquer riscos. Os protocolos incluem todas as áreas, da sala de aula, até a limpeza, a segurança e a área administrativa. Alguns colégios optaram também pela contratação do serviço de telemedicina. “É um momento bem sensível, pois os pais estão muito preocupados e para as escolas é uma grande responsabilidade. Estamos disponibilizando nossa expertise para dar mais tranquilidade a todos. Usamos nosso conhecimento científico e técnico para garantir o cuidado e a proteção a toda comunidade escolar”, conclui Chander. Além do Colégio Anchieta, Farroupilha, Pan American School e João Paulo I também estão implantando planos de ação em parceria com o Hospital Moinhos. As novas rotinas O médico do Serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento, Paulo Ernesto Gewehr Filho, integra a equipe da consultoria. Ele faz visita às escolas para avaliar os espaços e rotinas e sugere os protocolos e adequações necessárias. O infectologista dá algumas dicas para deixar o ambiente escolar mais seguro. Confira! Entrada e saída: - A sugestão é fazer um escalonamento nos horários de na chegada à escola e no final das aulas, organizando o fluxo para evitar aglomerações. - Ingresso deve ser restrito aos alunos, professores e funcionários, reduzindo circulação de pais e público externo. - Evitar fluxos contrários no mesmo local, como corredores, colocando barreiras (fita de isolamento) para separar ida e vinda. Distanciamento e ambientes adaptados: - Distanciamento entre as pessoas nas áreas internas e externas, de no mínimo um metro. - Distância de no mínimo um metro, em todos os sentidos, entre as classes, ou seja, um aluno a cada 4m². - Máximo de alunos conforme área disponível de cada sala. - Manter ambiente arejado e ventilado. Recomenda-se ventilação natural ou, no caso de ventilação forçada, com ar condicionado equipado com exaustor ou filtro para renovação do ar. - Suspender atividades com contato físico e orientar sobre abraços ou beijos. Dar atenção especial na educação infantil para esses cuidados. Máscaras e mãos limpas: - Utilização de máscaras por todos e durante todo o tempo, sendo trocadas a cada 2 horas ou se estiverem úmidas. - Higienização das mãos frequente com água e sabão, álcool em gel ou álcool em espuma, especialmente depois de tocar superfícies e objetos. - Não tocar olhos, boca e nariz. - Atentar para a etiqueta respiratória e afastar pessoas com sintomas gripais. Na hora do lanche: - Aumentar o distanciamento na hora do lanche para 2 metros, devido à retirada da máscara. - Evitar aglomerações nas cantinas, lanchonetes e formação de filas. - Instalar barreiras de vidro ou acrílico para o atendimento. - Priorizar pagamentos com aproximação, cartão de crédito, etc. Banheiros: - O banheiro é ponto crítico, por isso é importante restringir o acesso com número limitado. - Garantir a limpeza frequente dos banheiros. - Orientação higiene das mãos antes e depois de ir ao banheiro. - Usar toalhas de papel para tocar maçanetas. Autor: Melina Fernandes Fonte: Moinhos Critério |