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Novo modelo de acolhimento infantil na capital procura por famílias com disponibilidade afetiva para dar carinho e oferecer um lar temporário

Porto Alegre avança no acolhimento de crianças e adolescentes e lança um novo serviço que busca candidatos a se tornarem Famílias Acolhedoras. As inscrições estão abertas e são gratuitas para quem deseja participar da próxima turma de capacitação que acontece em dezembro e de forma customizada por causa da Covid-19. Os interessados podem se inscrever para receber em sua casa uma criança ou adolescente que esteja com medida de proteção de acolhimento e que precisam ser afastados das suas famílias de origem.  O Família Acolhedora é gerenciado na Capital pelo Abrigo João Paulo II, instituição com 39 anos de trabalho social, responsável por 19 Casas Lar e um abrigo no Estado. 

O Família Acolhedora surge como uma alternativa que intensifica a experiência do convívio familiar e proporciona um atendimento mais individualizado. "A ideia é que a criança ou o adolescente possa ter um convívio, uma rotina familiar e não institucional”, comenta a assistente social e coordenadora técnica do Abrigo João Paulo II, Camila Monteiro. Atualmente crianças e adolescentes expostos a riscos pessoais ou sociais e que recebem medida de proteção através do Juizado da Infância e da Juventude são encaminhadas para abrigos, com até 20 vagas, onde são atendidos por educadores sociais.   

“O acolhimento familiar é uma medida de proteção temporária que não pode evoluir para a adoção. Buscamos pessoas que tenham disponibilidade afetiva para dar carinho, educar, oferecer um lar com todos os direitos como alimentação, escola, roupas, diversão, mas, por um período”, salienta Camila, que também é a coordenadora geral do programa, que conta ainda com a assistente social Camila Rocha e a psicóloga Suzana Pellegrine. A equipe é responsável por realizar as entrevistas e capacitações dos acolhedores e também acompanhar os casos das crianças e adolescentes que serão acolhidos.  

Cada candidato pode receber uma criança ou adolescente por vez, exceto em casos de grupos de irmãos. Para ajudar a custear as despesas, o Família Acolhedora concede o subsídio de um salário mínimo por criança ou adolescente. Com as alterações incluídas pela Lei 12.010 de 2009, mais conhecida como Lei Nacional da Adoção, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) passou a definir o acolhimento familiar como preferencial. “Em um ano diferente como esse de 2020 esse modelo de acolhimento alia generosidade e vontade de contribuir para o futuro das nossas crianças e do nosso país”, conclui Camila.  

Como participar 

Os interessados em participar do Família Acolhedora devem demonstrar interesse pelo e-mail 4033@pobresservos.org.br ou pelo telefone 51.99725 2653 (WhatsApp). 

A equipe técnica entrará em contato para agendamento de entrevista.  As inscrições são permanentes. Mais informações no site www.abrigojoaopauloii.org.br.

Formação

A formação dos interessados é  customizada e sob demanda, com carga horária de 10 horas e realizada  a sede do Abrigo que fica na Av. Bento Gonçalves, 1701. 

Pré-requisitos
- Disponibilidade afetiva.
- Ser maior de idade.
- Residir em Porto Alegre.
- Estar em boas condições de saúde física e mental.
- Não possuir antecedentes criminais.
- Concordância de todos os membros da família.
- Possuir uma convivência familiar estável e livre de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
- Não estar inserido no Cadastro Nacional da Adoção – CNA   

- O abrigo João Paulo II trabalha a inclusão em todos os sentidos e está de portas abertas as mais diferentes configurações familiares.  


Autor: Paulo Rogério de Souza
Fonte: Assessoria de Imprensa

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