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Grupo realizou cirurgia inédita de colocação de prótese fonatória pelo SUS no RS As duas cirurgias, pioneiras de instalação de prótese fonatória, são consideradas um marco no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) no RS. A primeira consistiu em uma instalação primária, realizada simultaneamente à laringectomia total, onde a prótese fonatória foi implantada no momento da retirada do órgão vocal. A segunda cirurgia foi conduzida em um paciente já laringectomizado há alguns anos, caracterizando uma instalação secundária. Este procedimento, de menor complexidade se comparado ao primeiro, concentrou-se exclusivamente na colocação do dispositivo. “A retirada do órgão da voz é um tratamento mutilante. Imagina que a gente usa a voz o tempo inteiro, então os pacientes tendem a ter um isolamento bem grande, porque eles ficam com vergonha dessa voz esofágica, a qual é a forma mais rudimentar de reabilitação desses pacientes. A laringe eletrônica é um dispositivo que eles têm que ficar carregando, tipo um pequeno microfone que tem que ficar levando para um lado e para o outro. A qualidade também não é tão adequada da voz, mas é uma reabilitação intermediária. Já com a prótese fonatória esses pacientes não precisam estar com dispositivo externo. Então é um procedimento inclusivo, tu trazes de volta esses pacientes para a vida em sociedade", afirmou o médico Marcelo Abreu, responsável pelo procedimento. O aspecto social, uma vez que é disponibilizado pelo SUS também é importante. O custo privado desse procedimento, considerando apenas as próteses, fica em torno de R$6.000,00. Além disso, existem dispositivos que auxiliam na adaptação e nos cuidados com essa prótese, como escovinhas especiais e filtros adesivos, totalizando cerca de R$2.000,00 a R$3.000,00 o kit. Dessa forma, o procedimento completo pode chegar a aproximadamente R$9.000,00. No entanto, o Hospital Conceição adotou uma iniciativa pioneira ao abraçar essa ideia, tornando-se o primeiro hospital do SUS no Rio Grande do Sul a fornecer esse tipo de tratamento. As cirurgias foram realizadas no dia 1º de dezembro pela equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição, sob coordenação do Dr Marcelo Emir Requia Abreu, cirurgião de cabeça e pescoço, responsável pela cirurgia de cabeça e pescoço do Serviço de otorrinolaringologia do GHC. Acompanhamento Essa prótese fonatória não é autossuficiente e requer o acompanhamento de uma fonoaudióloga especializada em seu manuseio e na reabilitação dos pacientes. O cuidado com a prótese é contínuo, já que sua validade é de aproximadamente seis meses, necessitando de substituição nesse período. A boa notícia é que essa troca não requer um novo procedimento cirúrgico, podendo ser realizada de forma mais simples e prática no ambulatório ou consultório médico. Autor: Marcelo Matusiak Fonte: PlayPress Assessoria e Conteúdo |