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É preciso renegociar com União O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, foi o palestrante do primeiro Tá na Mesa de 2024, nesta quarta-feira, na FEDERASUL. Ele rechaçou a possibilidade de retirada de todos os decretos, mas admitiu flexibilizações menores, como a retirada de exigências para que 63 setores usufruam de incentivos fiscais. No entanto, a FEDERASUL entende que a pior parte das graves consequências socioeconômicas permanecem. O presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, abriu o evento saudando o governador do Estado por sua disponibilidade de diálogo. "Nós não apoiamos nem fazemos oposição a governos, mas apoiamos, aprovamos ou rejeitamos projetos e ideias, baseados em valores e princípios, com firmes crenças na geração de riquezas e um melhor ambiente de trabalho", afirmou. Para Costa, é a valorização de talentos gaúchos por meio de um empreendedorismo florescente, da capacidade produtiva, que serão geradas mais renda e arrecadação – não pelo aumento de impostos ou retirada de incentivos que garantem competitividade das empresas com outros Estados que mantém benefícios fiscais muito maiores. O governador também afirmou aos jornalistas que pretende falar com o presidente Lula, que visita o RS nesta semana. Leite afirmou que entre outras pautas, estará também a renegociação da dívida com a União. Ele não descartou judicialização, a exemplo do que outros Estados, como o Rio de Janeiro e São Paulo, fizeram. O presidente Rodrigo Sousa Costa reforçou que no final de 2018 a FEDERASUL apoiou, mesmo depois da maior recessão da história do País, um sacrifício de prorrogação por dois anos da alíquota majorada como forma de viabilizar um plano sustentável com reformas e concessões que trouxeram o equilíbrio fiscal. Mas não hoje. "Não faz sentido exigir sacrifícios que extiguem setores econômicos e retiram renda de famílias vulneráveis por um plano de recuperação que já prevê rombo na contas públicas", enfatiza o presidente. "Não podemos admitir um plano para chegar nos próximos anos com rombos nas contas e sem as empresas e os empregos", conclui. Autor: Neusa Galli Froes Fonte: Assessoria de Imprensa |