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As principais recomendações dos economistas para o varejo em 2025 incluem uma gestão cuidadosa de caixa, com foco em garantir máxima liquidez para enfrentar possíveis dificuldades.

Nesta terça-feira (17), a CDL Porto Alegre realizou o evento Cenários 2025, no Instituto Caldeira, com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e dos economistas-chefes Oscar Frank (CDL POA) e Antônio da Luz (Farsul). Mediado pela jornalista Maíra Gatto, o painel trouxe uma análise aprofundada do panorama econômico atual e apontou as tendências e os desafios para o próximo ano, destacando a resiliência do povo gaúcho diante das adversidades recentes.

O governador Eduardo Leite apresentou um balanço deste ano, destacando as ações do governo para a recuperação após o severo evento climático que atingiu o Rio Grande do Sul. “Foi um ano dramático, mas também repleto de oportunidades. Suspendemos o pagamento da dívida com a União, destinando R$ 14 bilhões até 2027 para a reconstrução do Estado. Estabelecemos o Plano Rio Grande, uma agenda de adaptação e resiliência climática que transcenderá governos, com o fortalecimento da infraestrutura e da capacidade de resposta. Sairemos desta crise como um Estado mais moderno e preparado”, afirmou Leite.

O chefe do executivo estadual destacou as principais entregas de sua gestão, organizadas em três eixos: passado, ao colocar as contas do RS em dia; presente, com os avanços na redução tributária e na desburocratização; e futuro, com o plano estratégico para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Como parte desse compromisso, anunciou que assinaria ainda nesta terça-feira a revogação do último decreto de arrecadação sobre o setor de hortifruti, medida considerada um avanço importante por eliminar a imposição de novos tributos.

Para Oscar Frank, economista-chefe da CDL POA, a retomada econômica do Rio Grande do Sul após as enchentes foi mais rápida do que o esperado. "Tivemos uma queda abrupta, equivalente a dois anos em um mês, mas a reconstrução se deu de forma acelerada. O consumo previdente e a solidariedade foram determinantes para esse cenário, aliado à injeção de recursos no Estado. Para 2025, a normalização de setores como o de transporte, principalmente o Aeroporto Salgado Filho, será crucial, possibilitando que o RS cresça acima da média nacional", afirmou Frank.

Antônio da Luz, economista-chefe da Farsul, elencou os desafios e oportunidades trazidos pelo agronegócio em 2025. "Temos uma previsão otimista para a safra, que, por si só, terá um efeito multiplicador significativo na economia. No entanto, precisamos discutir soluções para as perdas recorrentes com estiagens. Em um estado como o Rio Grande do Sul, não é razoável termos que conviver com perdas tão expressivas. Precisamos pensar em estabilização, infraestrutura hídrica e planejamento estratégico para o desenvolvimento de longo prazo", pontuou.

Irio Piva, presidente da CDL POA, enfatizou a resiliência dos gaúchos e o papel do evento no planejamento estratégico para o próximo ano. "Depois de um ano desafiador, o povo gaúcho mostrou, mais uma vez, a sua capacidade única de superação. O Cenários 2025 é uma oportunidade de aprendermos com o passado, refletirmos sobre o presente e nos prepararmos para um futuro promissor. A resiliência e o espírito empreendedor que nos definem serão essenciais para transformarmos as dificuldades em novas oportunidades", concluiu Piva.

Recomendações para o varejo

As principais recomendações dos economistas para o varejo em 2025 incluem uma gestão cuidadosa de caixa, com foco em garantir máxima liquidez para enfrentar possíveis dificuldades. Em relação aos estoques, eles sugerem mantê-los em níveis mínimos, adotando a estratégia "da mão para a boca" para evitar imobilização de capital e prejuízos decorrentes de flutuações na demanda ou nos custos. Além disso, recomendam cautela com o endividamento, priorizando a utilização de capital próprio para reduzir a dependência de terceiros e mitigar os efeitos da alta de juros. Para o cenário econômico, a previsão de crescimento do PIB é de 1,85%, com expectativa de inflação (IPCA) acima de 5% e um possível aumento na taxa Selic.

O evento reuniu associados da CDL POA, empresários, gestores e líderes para debater os rumos da economia e da política no próximo ano, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a cooperação entre os setores público e privado, construindo um futuro mais resiliente e próspero para o Rio Grande do Sul.

Também estiveram presentes o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo; o secretário de Comunicação do RS, Caio Tomazeli; a secretária de Desenvolvimento Econômico de Porto Alegre, Júlia Tavares; o presidente da Federação das Associações Gaúchas do Varejo (FAGV), Vilson Noer e o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Arcione Piva; a presidente da Associação Comercial de Porto Alegre, Suzana Vellinho; o vice-presidente administrativo do CREA-RS, Júlio Cézar Abrantes; o secretário de fazenda de Encruzilhada do Sul, Milton Almeida; a secretária de gestão e governança de Encruzilhada do Sul, Eleniza Correa.  


Autor: Redação
Fonte: Assessoria de Imprensa da CDL POA

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