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Procon registrou 470 queixas de clientes insatisfeitos com prazo de entrega, montagem ou conserto de mobílias adquiridas em 2009. Este ano já são 144.

Se você comprou um móvel, à vista ou a prazo, e a loja não o entregou dentro do previsto, demorou muito para montá-lo e, quando concluiu o serviço, inúmeros defeitos apareceram, não se sinta sozinho ou indefeso.

Na Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon) do Estado, as queixas de demora na entrega e montagem de móveis são mais comuns do que se pode imaginar. Somente em 2009, o órgão recebeu 470 reclamações desta natureza.

Esse assunto foi o segundo em demandas no setor de Produtos, que ocupa a terceira posição em número de reclamações no órgão. No caso dos móveis de quarto, entre os quais cama, guarda-roupas e cômodas, a demora na montagem e montagem incompleta lideram o ranking de denúncias, com 33 registros.

Já entrega com grande atraso e não entregar aparecem em segundo lugar, motivando a abertura de 21 processos administrativos. Os móveis da sala e cozinha também geram muitas queixas por motivos similares.

Os dados dos primeiros dois meses deste ano sugerem crescimento no número dessas reclamações. Conforme levantamento feito esta semana pelo Procon, de 1° de janeiro a 24 de fevereiro, 144 consumidores denunciaram lojas de móveis por razões similares.

Mesmo considerados altos, esses índices não representam o número real de compradores lesados pelas empresas. Sabe-se que muitos preferem prolongar as negociações acreditando em uma solução mais rápida.

O casal Leony Lemos de Almeida e Maria Lúcia Bagatin não imaginou que teria tantos problemas numa compra simples, de um guarda-roupa. Lúcia contou que o marido pagou à vista pelo produto e a loja assumiu o compromisso de entregá-lo em no máximo cinco dias úteis - após a emissão da nota fiscal e o pagamento.

Entretanto, quase 20 dias depois, e muitos telefonemas e idas na loja, recebeu o móvel. A batalha se reiniciou para o processo de montagem, que acabou acontecendo no prazo de uma semana. Quando Leony e Lúcia pensavam que o problema chegava ao fim, na verdade estava apenas começando.

O guarda-roupa apresentou defeito de imediato, supostamente por causa do serviço malfeito de montagem. As gavetas e portas não fecham direito, reclamou Lúcia. Ela disse que já voltou a loja, mas, até agora, quase dois meses depois da compra, não conseguiu trocar o produto. O casal não registrou queixa.

Viviane Campos é outra consumidora que vive situação parecida desde que adquiriu, dias antes do Carnaval, um guarda-roupa de seis portas. A loja demorou muito mais que o dito no dia da compra para fazer entrega e montagem e, ainda deixou um produto com defeitos significativos, entre os quais os vidros quebrados.

Viviane pediu a troca, mas na última sexta-feira a loja não havia atendido. Conforme o consumidor, o prazo de 20 dias que a própria empresa estipulou para a troca vence na próxima semana.


Autor: Alecy Alves
Fonte: Diário de Cuiabá

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