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O dia 1° de julho de 2010 vai ficar por muito tempo marcado para os lojistas de todo o Brasil

A partir da data, as máquinas de cartões de crédito nas lojas (chamados de POS) passam a aceitar cartões de qualquer bandeira. A mudança era aguardada há anos pelo mercado. Os varejistas e os especialistas do setor esperam menores taxas, melhores serviços e o aumento de concorrência das bandeiras de pagamento e crédito. A estimativa é de que Redecard e Cielo, as duas maiores empresas do setor, possuam respectivamente 1 milhão e 1,6 milhão de máquinas espalhadas pelo País.

A expectativa do presidente CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Porto Alegre, Vilson Noer, é a de que a taxa de desconto paga pelos comerciantes às empresas credenciadoras de cartões deve cair entre 35% e 40% em um ou dois anos. Atualmente, de acordo com Noer, o percentual pago, em média, para a administração dos cartões, varia entre 3,5% e 5% por compra, dependendo do tamanho da empresa.

Para manter os clientes e combater a concorrência, uma das estratégias das companhias no momento é fidelizar o comerciante ao fazê-lo optar por uma bandeira específica, ainda que as máquinas efetuem transações de todas. “Estamos alertando os lojistas para que fiquem atentos na hora de assinar o contrato de exclusividade. Deve ser avaliada uma série de quesitos importantes para o seu negócio”, explica o presidente.

Desde 2008, a CDL Porto Alegre trabalha para que o segmento de cartões de crédito seja regulamentado. Além do compartilhamento das máquinas receptoras, a entidade defende a diminuição do tempo de pagamento das bandeiras (que pode chegar a 30 dias), a diferenciação do preço à vista e do preço a prazo e a conclusão do processo de normatização do mercado pelo Banco Central.

 


Autor: Sinara Oliveira da Silva
Fonte: CDL Porto Alegre

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