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Balanço foi feito pelo Presidente da Agas, Antonio Cesa Longo, que prevê maior movimento nos últimos dias que antecedem data promocional, no domingo

Os supermercados venderam 25% dos 12 milhões de ovos encomendados para a Páscoa de 2009 no Rio Grande do Sul. O balanço foi feito ontem pelo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antonio Cesa Longo, que prevê maior movimento nos últimos dias que antecedem a data promocional, que será no próximo domingo. "A maioria das pessoas receberá os salários a partir de hoje, o que empurrou o forte das compras para esta semana", justificou o dirigente. Os campeões de preferência para quem providenciou os quitutes do coelhinho no fim de semana confirmaram a tendência projetada pela Agas: ovos com brinquedos ou brindes infantis.

Longo destaca que indústrias que apostaram em itens com tecnologia ganharam a disputa entre os consumidores infantis. "Quem decide é a criança. Quem errou o herói não alcançou meta de vendas", alertou. Longo indicou que os fabricantes também se prepararam este ano e reforçaram em 15% a oferta dos ovos com brinquedos para evitar a falta de produto em lojas. O dirigente apontou que o maior movimento desde sábado passado reforça que os consumidores estão indo às compras.

A dona de casa Alexandra Alves, que encheu o carrinho no supermercado com ovinhos para sete crianças, entre filhos e sobrinhos, e para o marido, a sogra e a mãe. Alexandra contou que sempre faz pesquisa de preço antes de escolher o local dos gastos, e identificou mais ofertas nos últimos dias. "Produto que estava por R$ 17,00, agora vale R$ 13,00", comemorou a dona de casa, que confirmou a procura por itens com brinquedos, o que representa economia na aquisição individual dos produtos. Longo reconheceu que as promoções estão reduzindo o valor nas gôndolas, mas preveniu que quem deixar para comprar na véspera da Páscoa, apostando em novas quedas, pode ficar sem o produto desejado.

A família Wingert, que reside em Nova Hartz, no Vale dos Sinos, cumpriu ontem a prática que se repete nos preparativos da Semana Santa: passear na Capital e fazer o rancho dos chocolates. A mãe de Bruno, dez anos, e Arthur, quatro, Lisiane Wingert, justificou que na sua cidade a conta final da data sempre sai mais cara. "Lá tem variedade, mas menor quantidade, o que eleva preços", lamentou a dona de casa. A conta de mais de R$ 200,00 no supermercado reforçou outra prática. "Todo mundo ganha um ovinho, senão não é Páscoa" condicionou o gerente comercial e chefe da família Eduardo Wingert.

No varejo em geral, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDLs) espera 5% de crescimento nas vendas associadas à data, que está na última posição do calendário do setor. O presidente da FCDL, Vitor Koch, observou ações de oportunidade entre estabelecimentos. Lojas e redes de departamento e eletrodomésticos montaram espaços para vender chocolate. "Muitas fizeram parceria com fabricantes e estão faturando alto", exemplificou Koch. A estratégia incluiu até financiamento para a compra dos ovos.

Pesquisa da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-Poa) mostrou recentemente que 44% das pessoas preferem ganhar roupas, livros e cds enquanto 40% ainda declara preferência pelos chocolates. "Isso mostra que a data será bem variada. As pessoas devem comprar presentes úteis, ampliando o alcance e a renda para o comércio", avaliou o presidente da CDL-Poa, Vilson Noer.


Autor: Redação
Fonte: Jornal do Comércio RS

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