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Ata da 8ª reunião do Fórum Estadual de Defesa
do Consumidor/RS - novembro de 2005
No
dia 4 de outubro de 2005, às 9h, na sede do Banco Central
(Auditório), foi realizada a 8ª reunião mensal
do Fórum Estadual de Defesa do Consumidor, com a seguinte
pauta: "PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS: Onde está
a verdade e como orientar os Consumidores".
Estiveram presentes 42 participantes, representando as seguintes
entidades: Sulpetro, Fórum de Defesa do Consumidor, Procon/RS,
Codecon/Lajeado, Procon/Farroupilha, Procon/Panambi, Procon/Caxias,
Comissão Mista de Defesa do Consumidor/AL, Comissão
dos Direitos Humanos/AL, Ministério Público Estadual,
advogados, Consumidor-RS, D.P.P. - Charrua, Receita Estadual, Sindipetro,
Sindicom, Federação Nacional de Combustíveis
e Lubrificantes, Distribuidora de Petróleo Ipiranga, Latina
Distribuidora, Rádio Gaúcha, Radio Guaíba,
Jornal do Comércio, Sindicato dos Trabalhadores da Construção
Civil, Brasilcon, ANP e profissionais liberais.
O debate iniciou com a participação de todos os painelistas
convidados, sob a coordenação do Procurador de Justiça
Paulo Valério Dal Pai Moraes (MPE). Foram ouvidos os seguintes
painelistas: Antônio Goidanich (Sulpetro), Luiz Antonio Bins
(Receita Estadual), Aldo Guarda (Federação Nacional
de Combustíveis e Lubrificantes), Delmar Perizzollo (Sindipetro),
Alisio Jacques Mendes Vaz (Sindicom), Alexandre Appel (Procon/RS),
Claúdio Bonatto (Brasilcon e FEDC) e representante da ANP.
Os
principais pontos relacionados ao tema proposto apontados pelos
debatedores foram:
1 -
O mercado de combustíveis está vivendo um novo momento,
principalmente pela liberdade de atuação, dentro da
livre concorrência;
2 -
Nunca o consumidor brasileiro pagou tão caro pelo combustível,
tendo em vista que até 1996 o preço do litro da gasolina
correspondia em torno de U$ 0,55;
3 -
A margem dos revendedores está no limite de sustentabilidade
econômica;
4 -
O Brasil perde, por ano, R$ 2,6 bilhões de tributos em decorrência
de sonegação, evasão fiscal, adulteração
de combustível, agentes não autorizados, roubos de
cargas e outros atos
ilegais do segmento;
5 -
Carga tributária elevada e fórmula de cálculo
do preço presumido;
6 -
Preço presumido calculado pelo valor estabelecido pelo mercado;
7 -
Existência de práticas de ajustamentos de preços
entre alguns fornecedores (segundo dados do Ministério da
Justiça existem procedimentos administrativos sendo examinados
naquele Ministério);
8 -
Dificuldades para uma fiscalização mais abrangente
e efetiva no segmento;
9 -
Alto custo administrativo na utilização do cartão
de crédito, nas vendas à vista.
Diante
deste cenário, foram estabelecidas algumas ações
que deverão ter a participação de todos os
atores do segmento como:
1 -
Esclarecimento de forma clara e precisa aos consumidores, informando
a composição real de custos de cada produto do ramo
combustíveis;
2 -
Conhecimento e proposição de nova forma de parceria
entre fornecedores, consumidores e administradoras de cartão
de crédito visando à diminuição de custos
para utilização desse mecanismo na relação
de consumo;
3 -
Incremento das ações integradas, principalmente com
órgãos de fiscalização, fornecedores
e consumidores, visando à minimização da sonegação
fiscal, adulteração de combustíveis e roubos
de cargas;
4 -
Incremento em ações de educação, orientação
e informação aos consumidores, principalmente quanto
à constante exigência da nota fiscal;
5 -
Buscar junto ao governo estadual o melhor e entendimento e alternativas
técnicas para minimizar o impacto do custo com base no cálculo
do Lucro Presumido;
6 -
Atuar a nível nacional com as entidades que detêm essa
competência para conhecer e esclarecer o motivo do alto custo
do combustível se comparado ao ano de 1996, quando a sua
correlação com o dólar era de apenas 1 litro
= U$ 0,56.
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