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CNJ reage a declarações de corregedora que acusa Justiça de abrigar "bandidos de toga"
   
     
 


27/09/2011

CNJ reage a declarações de corregedora que acusa Justiça de abrigar "bandidos de toga"
Integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reagiram às declarações da corregedora-geral de Justiça, Eliana Calmon

Em nota lida na sessão de hoje, o presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, não citou abertamente a corregedora, mas disse que acusações feitas contra os juízes são “levianas” e que “desacreditam a instituição [o Judiciário] perante o povo”.

Em entrevista concedida à Associação Paulista de Jornais e que repercutiuem outros veículos nesta terça-feira, Eliana Calmon disse que a Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) tenta restringir a atuação do CNJ, o que, para ela, "é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga". A ministra referia-se, com o comentário, à ação impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela AMB, que pede que o CNJ só atue depois de esgotados todos os recursos nas corregedorias estaduais.

“Sem identificar pessoas, nem propiciar qualquer defesa, [as acusações] lançam, sem prova, dúvidas sobre a honra de milhares de juízes que, diariamente, dedicam-se ao ofício de julgar com imparcialidade e honestidade, garantindo a segurança da sociedade e a estabilidade do Estado Democrático de Direito”, diz trecho da nota lida por Peluso. O texto foi assinado por 12 dos 15 conselheiros. Os demais – Eliana Calmon, Jefferson Kravchychyn e José Lúcio Munhoz – não estavam presentes na sessão.

A ação da AMB foi o estopim de debates sobre o papel do CNJ. A entidade pretende declarar inconstitucional uma resolução que o conselho editou em julho para regulamentar suas atividades administrativas e disciplinares. Caso acatada pelos ministros da Corte, a ação pode resultar no esvaziamento do poder de correição do CNJ e restringir sua atuação ao planejamento, à gestão e modernização do Judiciário.

Isso ocorreria porque o CNJ só seria chamado a agir depois das corregedorias locais nos processos em que a idoneidade de juízes é colocada em dúvida. A correição ficava com as cortes regionais até 2005, quando a aprovação da reforma do Judiciário, no Legislativo, criou a figura do CNJ. A ideia era que os tribunais tivessem um órgão de controle para monitorar suas atividades, papel desempenhado pelo conselho desde então.

O presidente da AMB, Nelson Calandra, convocou uma entrevista coletiva nesta tarde, onde comentará as declarações de Eliana Calmon.

Edição: Lana Cristina

Fonte: Agência Brasil
Autor: Débora Zampier
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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Comentários
 2 comentários


Cláudio 
Essa história de só condenar depois do processo passar por todas as instâncias, tá mais do que na cara que é para não punir ninguém...me engana, gosto muito de ser enganado.Claro que há magistrados honestos, mas um só que exista e que seja o "bandido de toga", e se esse cair num processo meu ou teu...que estrago não vai fazer. E suponha ainda que ele está sendo julgado há 4 anos,pois,claro,que tem de passar por todas as instãncias...e nesses 4 anos ele vai aprontando, aprontando. Viva Calmon!
30/09/2011 
andre 
como a letra de Bezerra da Silva diz:A POLICIA SOBE O MORRE PARA PRENDER BANDIDOS, MAS OS BANDIDOS ESTÃO LÁ EMBAIXO DE GRAVATA E/OU TOGA.
30/09/2011 
   
       
     


     
   
     
   
     
 



























 
     
   
     
 
 
 
     
 
 
     
     
 
 
       

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