Recentemente, um estudo da Unfair Credit Card Fees, entidade americana que reúne lojistas, apontou o Brasil como o primeiro colocado no ranking dos países com taxas de cartão de crédito mais altas. Enquanto em 17 países a cobrança média é inferior a 2%, no Brasil chega a 2,9% por transação. “Não há motivo para termos taxas tão altas – a inflação está controlada e a economia brasileira dá sinais de amadurecimento”, afirma o dirigente.

 

Na semana passada, foi divulgado o resultado de um trabalho conjunto do Banco Central, da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) e do Ministério da Fazenda sobre o tema. O estudo identificou que o setor de cartões de crédito apresenta uma série de problemas, muitos deles são apontados diariamente por consumidores e lojistas. Entre as dificuldades mais conhecidas estão a concentração na prestação de serviços e os prazos longos entre o recebimento do cliente e o pagamento ao lojista. Segundo o BC, o estudo foi a primeira fase de um projeto de regulamentação dos cartões de crédito. A segunda etapa está relacionada ao recebimento de sugestões e críticas da sociedade nos próximos 90 dias e, em seguida, os órgãos reguladores decidirão sobre aperfeiçoamentos para aumentar a eficiência do setor.