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Folha Universal ataca colecionadores de armas
   
     
 


20/07/2010

Folha Universal ataca colecionadores de armas
Movimento VIVA BRASIL envia carta aberta ao jornal
Trecho da matéria: "Assim como milhares de criminosos em todo o País, o “colecionador” Nunes Júnior beneficiou-se de falhas no sistema de cadastro nacional e da falta de coordenação e controle dos órgãos responsáveis para reunir tantas armas."
 
Carta aberta à Folha Universal

Prezados Senhores,

Recebemos de um colaborador, que é evangélico, um exemplar da Folha Universal do dia 18 de julho, cujo teor segue abaixo, estando disponível também on-line. Para os que desconhecem o tema e tratando-se de uma carta aberta, a Folha Universal possui uma tiragem de 2.700.000 exemplares por semana, o que a coloca como o jornal de maior tiragem da América Latina.

Com grandes poderes, grandes responsabilidades. A verdade, sem dúvida, deveria ser uma delas, mas, infelizmente, não é o que se constata na reportagem sobre o disfarce de criminosos como colecionadores de armas.

O caso de um possível criminoso estar travestido de colecionador não pode jogar suspeitas sobre os outros milhares de colecionadores e atiradores sérios e corretos. Mas foi exatamente isso que fez a reportagem, de autoria do jornalista Daniel Santini.

Nesta linha de raciocínio torto, onde a exceção se transforma em regra, onde o abuso deve impedir o uso, seria justo acusarmos todos os pastores pelos crimes de outros? Vejamos abaixo uma rápida pesquisa na Internet:

- “Pastores são presos no Mato Grosso do Sul transportando sete fuzis para o Rio” – O Globo, 11/03/2010
 
- “Pastor músico é preso por tráfico de drogas” – Paraná on-line, 17/09/2009
 
- “Suspeito de homicídio, pastor é preso durante culto em Niterói” – Folha de São Paulo, 28/04/2010
 
- “Pastor suspeito de pedofilia é preso em igreja de favela carioca” – G1 – 09/06/2010

Repetimos a pergunta: seria justo acusar todos os pastores? Seria justo colocar em xeque todas as Igrejas Evangélicas? Seria justo pedir que a fiscalização e burocracia se tornem algo impeditivo para que se abrisse um novo templo? Para que se nomeasse um novo pastor? Seria justo acusar as Igrejas Evangélicas de nomearem qualquer um como pastor?

Claro que não!

Infelizmente, a Folha Universal demonstra pensar que um mau exemplo deve ser o suficiente para se jogar lama em todos os outros! Um total absurdo.

Pergunto se concordaram com as críticas da Folha de São Paulo, quando verificaram a facilidade em abrir uma igreja.
 

A lei existe. Quem não a obedece deve ser punido e ponto final. Isso vale para colecionadores, atiradores, pastores e para todos os cidadãos.

O repórter faz juízo de valores, ouve ONG a favor do desarmamento, mas não ouve quem tem opinião diversa. Um desserviço à democracia e, mesmo, ao jornalismo imparcial que deveria honrar.

Se essas ONG´s existissem na época do Velho Testamento, David teria que ter enfrentado Golias no tapa… São as viúvas do referendo. Pessoas que não se conformam com a democracia, que não se conformam em que TODO BRASILEIRO HONESTO TEM O DIREITO DE TER ARMAS DE FOGO.

Para encerrar, perguntem à senhora Edna Macedo, irmã do Sr. Edir Macedo, se ela acha que todo colecionador é um bandido, pois seu esposo era ou é colecionador e atirador.

Aconselhamos que todos acessem o link abaixo, onde as mentiras contadas são contestadas uma por uma.

 
Íntegra da matéria publicada na Folha Universal
 
Fora de controle
Por Daniel Santini
daniel.santini@folhauniversal.com.br 

Criminosos aproveitam falhas no registro de armas e mantêm verdadeiros arsenais se apresentando como colecionadores

O fuzil que o policial militar exibe na foto ao lado é uma versão chinesa do rifle AK-47, capaz de perfurar blindagem de carros-fortes. Esta arma de guerra e as demais pistolas, metralhadoras e carabinas da foto acima foram apreendidas no início do mês em um apartamento na Aclimação, bairro da zona Sul de São Paulo. Com exceção de uma pistola, todo o arsenal – encontrado junto com maçaricos, pés de cabra, máscaras de gás, mais de R$ 50 mil em dinheiro, mapas e 55 celulares – havia sido registrado como “coleção” por Edmilson Nunes Júnior, de 32 anos, um homem que no começo deste ano foi acusado de participar de assalto a banco na Baixada Santista, mas não chegou a ser condenado.

As armas só foram encontradas porque vizinhos, ao sentir cheiro de gás, chamaram os bombeiros. Além de equipamentos para arrombar cofres, caixas-eletrônicos e destruir carros-fortes, também foram encontradas fotos de uma criança segurando o fuzil chinês e de homens encapuzados fazendo com as mãos a sigla do Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro. Nunes Júnior foi preso em flagrante, mas, não fosse a tal pistola irregular e estivessem as armas no endereço em que a suposta coleção foi registrada, talvez a polícia não pudesse detê-lo.

“Seria indigesto não prendê-lo em flagrante quando os demais objetos deixavam claro o tipo de atividade que ele estava envolvido”, diz o delegado Renato Felisone, titular do 5º Distrito Policial, para onde o caso foi encaminhado.

Assim como milhares de criminosos em todo o País, o “colecionador” Nunes Júnior beneficiou-se de falhas no sistema de cadastro nacional e da falta de coordenação e controle dos órgãos responsáveis para reunir tantas armas.

Apesar de o Estatuto do Desarmamento, promulgado em 2003, determinar que os dois principais cadastros nacionais, da Polícia Federal e do Exército, sejam unificados, os registros seguem separados e não há coordenação entre os órgãos. Pior, a fiscalização de algumas licenças é falha e dá margem para que bandidos mantenham registros de colecionadores, caçadores e atiradores esportivos, categorias sob fiscalização do Exército.

“O Brasil promulgou um sistema legal rigoroso para o controle de armas, mas o Exército emite certificados inclusive de calibre restrito para atiradores esportivos e colecionadores sem o controle necessário. Se o indivíduo que obtém a licença for desonesto, ele a utilizará de forma ilimitada”, analisa Felisone. Neto de militar, ele ressalta que sua crítica é em relação à maneira como o sistema tem funcionado e não às Forças Armadas. Unificar os registros é uma das melhorias necessárias.“É imperativo que os dados sejam compartilhados por ambas as instituições”, destaca o policial.

Há outras deficiências, segundo o Instituto Sou da Paz, organização não-governamental que atua na prevenção da violência e que fez um estudo sobre o tema. A fiscalização de colecionadores, por exemplo, é feita após os proprietários de armas serem avisados das visitas. O intervalo entre as inspeções pode chegar a 2 anos – em outras palavras, um “colecionador” como Nunes Júnior pode ficar 2 anos na ilegalidade sem ser incomodado.

No relatório “Implementação do Estatuto do Desarmamento: do Papel para a Prática”, pesquisadores do instituto apontam que a lei não é cumprida na sua totalidade. Destacando que as restrições adotadas em 2003 resultaram em significativo declínio nas taxas de homicídio no País, eles preocuparam-se em detalhar pontos do Estatuto do Desarmamento ainda não cumpridos.

O controle sobre as categorias especiais é considerado fundamental e urgente em função do volume de armas que têm se perdido sob tais licenças. Hoje, no Brasil, mais de 154 mil armas de fogo estão registradas como sendo de colecionadores, caçadores e atiradores, o equivalente à metade das armas na mão das tropas da polícia militar. Só os colecionadores são 10.381, um grupo que detém nada menos do que 66.400 armas.

Outras anormalidades são facilmente perceptíveis ao se analisar os dados. Há suspeita de desvios utilizando os cadastros de empresas de segurança privada, estas sob controle da Polícia Federal. Só em São Paulo, as empresas do ramo têm 69.613 armas registradas, das quais 21.240 foram furtadas ou roubadas, nada menos do que 30,5%. No Rio de Janeiro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas apontou que 1.700 armas de 10.000 apreendidas com criminosos entre 1998 e 2003 estavam registradas como sendo de empresas privadas.

É com base em tais evidências de descontrole que o estudo apresentou recomendações às autoridades - os principais pontos estão reunidos acima. Tudo para evitar que pessoas como Nunes Júnior continuem “colecionando” dinheiro, armas e maçaricos em casa.

Principais recomendações*

Deixar com a Polícia Federal o controle de armas no Brasil, criando um cadastro único de registros. Criar o Gabinete de Gestão Integrada de Armas.

Se não for possível incluir as Forças Armadas em tal banco de dados único, repassar ao menos o controle das armas das polícias militares e bombeiros, além das categorias especiais e de armas particulares de militares.

Intensificar o controle sobre as empresas de segurança privada e transporte de valores, ampliando o efetivo da Polícia Federal e a fiscalização em todo o País.

Extinguir a figura legal do colecionador, mantendo apenas a licença para museus. Estabelecer critérios objetivos para o porte de armas.

Rejeitar projetos de lei que fragilizam o Estatuto do Desarmamento, como os que liberam o porte para funcionários públicos de áreas não diretamente relacionadas à segurança pública.

E-mail: contato@movimentovivabrasil.com.br

Fonte: Movimento Viva Brasil
Autor: Comunicação
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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