Comum em outros países, em especial nos Estados Unidos, o seguro de vida é um tipo de proteção tida como luxo no Brasil, enquanto deveria ser considerada primordial. Um exemplo disso é que ele representa apenas 0,04% do PIB brasileiro, em relação à arrecadação em prêmios de seguros.
Uma representação disso é que os brasileiros cultivam o imediatismo, ou seja, dão mais importância para o que lhes beneficiará hoje, sem levar em conta o futuro. Além disso, pessoas superticiosas, veem a aquisição de um seguro em caso de doença, invalidez ou morte como um mau agouro. O que dá margem à afirmação de que a cultura do brasileiro é imprevidente.
É justamente a falta de compreensão da importância deste serviço que priva a população de adquirir um bem necessário. No Brasil, os trabalhadores consideram suficiente a previdência social do INSS, sem ambicionar uma garantia maior.
E, ao contrário do que se pensa, um seguro de vida é flexível ao bolso e necessidades de cada um, representando um valor baixo no débito do cidadão.
Em contrapartida, seus benefícios são altos, sendo a única forma de proteção material contra imprevistos. Se não recupera, ao menos suaviza potencialmente as consequências trazidas por um infortúnio, o qual qualquer um está sujeito.
Espera-se que, para os próximos anos, haja um interesse maior neste tipo de seguro. Um dos fatores que pode contribuir para isso é o crescimento da expectativa de vida dos brasileiros. Hoje, estimada, através da tábua atuarial anunciada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), em 81,9 anos para homens e 87,2 para mulheres.
Esta longevidade proporciona a possível queda de 10% a 15% no preço dos seguros, ficando ainda mais acessível a compra do produto, especialmente para as camadas das classes C e D.