O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, avalia que o maior benefício que o novo sócio (a Portugal Telecom) vai trazer para a empresa brasileira é a antecipação de sua expansão internacional. Segundo ele, os poderes de veto da Portugal Telecom sobre as operações brasileiras não tiram o caráter de empresa nacional da Oi. "A Oi vai continuar com brasileiros e a PT com os portugueses", completou. Segundo ele, as expansões (ou, em outra palavras, as aquisições internacionais) contarão com a participação igualitária (50% para cada um) dos dois grupos.
Para o executivo, a operação só se concretizou porque ela assegura a simetria econômica aos dois grupos. Ou seja, a PT fica com 10% da Oi e a Oi, com 10% da PT. " Eles vão pagar 8 bilhões e nós quase dois bilhões de reais porque somos muito maiores do que eles", explicou.
Com o aumento de capital, Falco acredita que, além do avanço no mercado latino-americano e africano, (o que só começará a ocorrer no próximo ano, estima) a Oi poderá ter uma atuação mais agressiva no mercado brasileiro de TV paga.
Ações
Para o executivo, a queda nas ações da Oi registrada ontem deve ser vista como um movimento natural de ajuste do mercado, tendo em vista que a empresa divulgou o aumento de capital com o preço fixo tendo com base os valors dos últimos 60 dias. "Como as ações estavam subindo nos últimos dias, devido a todas especulações, elas se ajustaram ao novo patamar de preço e por isso caíram", afirmou.