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Consumo excessivo de chocolate pode acarretar em riscos para saúde das crianças
   
     
 


13/04/2009

Consumo excessivo de chocolate pode acarretar em riscos para saúde das crianças
Pais devem controlar quantidade consumida, principalmente na Páscoa

O consumo excessivo de chocolate pode acarretar perigos para a saúde das crianças, o que exige dos pais um controle melhor da quantidade consumida, principalmente na Páscoa, quando é comum os filhos exagerarem no consumo de chocolate.

Profissionais ligados à área de nutrição e psicologia da Casa Movimento, que realiza trabalho multidisciplinar voltado à melhoria da qualidade de vida, desenvolvido principalmente em escolas, empresas e condomínios.

Os técnicos da entidade observaram que as tabelas nutricionais das embalagens dos ovos de chocolate, mesmo dos produtos voltados para o público infantil, não trazem a indicação de consumo para as crianças e, sim, só para os adultos, o que pode induzir os pais ao erro na oferta do chocolate aos filhos.

De acordo com os profissionais da entidade, um chocolate de 300 calorias representa 15% da dieta de 2.000 calorias recomendada para a mulher adulta e 12% da dieta de 2.500 calorias diárias para o homem adulto. 

Segundo a pesquisa das nutricionistas da Casa Movimento, na comparação com as necessidades diárias de uma criança de 6 ou 7 anos idade, o volume representa cerca de 20% do consumo de calorias indicado para essa faixa etária. Ou seja, se uma criança consumir um ovo de chocolate tamanho 15 estará ingerindo mil calorias, mais da metade de sua necessidade diária, que é de cerca de 1.500 calorias.

Segundo a nutricionista especialista em alimentação infanto-juvenil e colaboradora da Casa Movimento, Mariana Lourenzo Jacob, o consumo de chocolate é exagerado durante todo o ano e, na Páscoa, isso se acentua, devido à oferta. “Isso fica muito exagerado, o que é ruim para a criança devido ao excesso de gordura e açúcar, que acaba criando riscos maiores para ela, a longo prazo, desenvolver doenças cardiovasculares e excesso de peso. Nós estamos preocupados não só com a Páscoa, mas com o consumo no ano inteiro.”

Apesar de não existir uma tabela específica indicando a quantidade ideal para o consumo das crianças, as nutricionistas da Casa Movimento criaram uma tabela para orientar os pais.  Pela tabela, crianças de 3 a 5 anos podem comer um bombom pequeno, duas vezes por semana; de 6 a 9 anos, dois bombons pequenos ou uma porção de 20 g de chocolate, duas vezes por semana; 10 anos ou mais, dois bombons médios ou uma porção de 30 g de chocolate, no máximo, três vezes por semana.

Mariana reforçou que o consumo diário e elevado de chocolate, pelos adultos, acarreta problemas de saúde, principalmente, quando se começa a notar que o brasileiro, em geral, está ficando obeso e com níveis altos de colesterol e triglicerídeos, por conta da má alimentação.

“O ideal é não ingerir essa quantidade absurda de chocolate que as pessoas vem comendo e de outras guloseimas em geral. É bom também procurar uma orientação profissional para saber como ter uma alimentação mais saudável, além de praticar atividades físicas”, recomenda a nutricionista. 

Segundo ela, para os adultos, o indicado é ingerir dois bombons médios ou uma fatia de 30 g de chocolate, no máximo três vezes por semana. De chocolate amargo, podem ser consumidas cerca de 12 g por dia. Se a pessoa estiver em dieta para controle de peso, a periodicidade é de, no máximo, duas vezes por semana. Mariana lembrou que, além dos problemas a longo prazo, o consumo excessivo do chocolate pode levar a problemas imediatos tanto para crianças como para adultos. “Pode levar à uma diarréia, náusea, má digestão e alergia alimentar”.

Um dos fatores que auxilia no descontrole do consumo do chocolate no período de Páscoa, segundo os especialistas, é a  grande oferta de produtos, como forma de brinde, vinculados a personagens licenciados e que contêm brinquedos e itens colecionáveis. Segundo assessor técnico do Idec, Marcos Pó, levantamento realizado pela entidade indicou que os ovos cada vez mais utilizam esse tipo de apelo infantil.

“Nós entendemos, aqui no Idec, que os produtos não devem ter esse tipo de apelo e publicidade infantil. Deve-se evitar e não se deve misturar a alimentação com brincadeiras. Isso acaba levando a um equívoco na educação alimentar da criança. Esses produtos já têm apelos suficientes para as crianças.”

A psicóloga da Casa Movimento, Carolina Sales, contou que o segredo para evitar o excesso da ingestão de chocolate pelas crianças é não colocar o consumo como algo proibido, porque, ao dizer à criança que ela não pode ou não deve comer o chocolate, atribui-se uma importância ao assunto maior do que deveria ter.

“Os pais devem colocar isso de forma mais sutil, utilizando brincadeiras com a Páscoa e seus elementos, além do ovo de chocolate, como o coelhinho, a cenoura. E ter o chocolate também porque ele faz parte.” Outra dica é a família não dar muitos ovos de chocolate para a criança e, sim, trocar por outras opções, como brinquedos, por exemplo.

Fonte: Agência Brasil
Autor: Redação
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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