Já as mulheres recomendam mais os produtos do que os homens e os jovens, pouco atentos à relação custo-benefício, priorizando produtos e serviços divertidos, que proporcionem entretenimento. Essas são algumas das conclusões da pesquisa nacional realizada pelo Ibope no segundo semestre de 2009.

Acompanhando essa nova tendência, foi criada a certificação Produto do Ano, que visa reconhecer os produtos de grande consumo mais inovadores, desenvolvidos pelas empresas nos últimos 24 meses. O processo tem início com a inscrição das empresas, posteriormente avaliado por um Comitê de Ética composto por representantes de respeitáveis entidades brasileiras, como ABA, Abracom, Ibope, ABMN, Ampro, INPI, AVDV, IAB, ABAP, ANPEI e ABIHPEC. Em seguida, o que deverá ocorrer em setembro deste ano, cabe ao Ibope realizar pesquisa em seis diferentes capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Recife. Os entrevistados optam por um dos produtos expostos, levando em consideração o conceito de inovação em seu conteúdo ou embalagem.

Com base nas informações coletadas, o Ibope relaciona os vencedores e apresenta o estudo Relatório Geral - Grandes Conclusões, no qual constam dados comportamentais dos consumidores brasileiros. Em 2009, por exemplo, essa pesquisa apontou também que para esse consumidor há um déficit na oferta de produtos inovadores no mercado. "Qualidade e preço são os fatores que mais geram recomendação. Aliás, são os consumidores entre 25 e 49 anos que mais recomendam produtos", afirma Antonio Peres, CEO da Produto do Ano Brasil. A pesquisa também detectou que em São Paulo a busca por produtos é pautada pela praticidade, enquanto em Porto Alegre as prioridades são preços e tecnologia.