Fraudes pela internet e com cartões somaram R$ 450 milhões em perdas aos bancos no primeiro semestre deste ano. Se a tendência for mantida, o ano deve encerrar com montante equivalente ao do ano passado, quando os bancos perderam aproximadamente R$ 900 milhões com crimes eletrônicos.
A estimativa é do diretor setorial de Prevenção a Fraudes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Marcelo Câmara. Segundo ele, os investimentos em segurança na internet foram de R$ 1,94 bilhão neste ano.
Já o coordenador da subcomissão de Prevenção a Fraudes Eletrônicas da entidade, Cesar Faustino, destaca que, “devido à ausência de lei, os criminosos são muito beneficiados”.
Legislação
Os executivos se reuniram nesta terça-feira (31) com a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo) e a OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) para debater a necessidade de legislação sobre o assunto.
Segundo a Febraban, a importância da aprovação de uma norma para tipificar e identificar os autores de crimes eletrônicos foi um dos destaques da discussão que envolveu autoridades e especialistas em segurança eletrônica, advogados, membros dos poderes Executivo e Legislativo e delegados das polícias Civil e Federal.
Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 84/99 que tipifica crimes eletrônicos, tais como invasão, com violação de segurança, a sistemas computacionais protegidos, obtenção de dados com invasão de sistemas computacionais, inserção ou difusão de códigos maliciosos e estelionato eletrônico, entre outros.