A SL&M Ogilvy, uma das agências investigadas na operação Mercari, divulgou comunicado oficial à imprensa sobre a ação da Polícia Federal, realizada nesta quinta-feira, 2. No texto, a empresa declara “extrema surpresa em ver seu nome envolvido em operação do Ministério Público e Polícia Federal”. Apesar de a atividade da empresa ter sido interrompida pela PF, a SLM garante que permanece atendendo normalmente seus clientes. A assessoria de imprensa da DCS Comunicação disse que a agência deverá se manifestar somente nesta sexta-feira, 3. Ambas as agências não tiveram expediente durante o dia de hoje.
As duas empresas são suspeitas de envolvimento em esquema de desvio de recursos do setor de marketing do Banrisul. Foram detidos o diretor fiancneiro da DCS, Antonio D'Elia Neto, o diretor da SLM, Gilson Stork, e o superintendente de Marketing do banco, Walney Fehlberg. Estariam à disposição da Polícia Federal, para maiores esclarecimentos.
O suposto esquema existiria há pelo menos 18 meses. Pelos cálculos do Ministério Público de Contas, pelo menos R$ 10 milhões teriam sido desviados. Em coletiva de imprensa no início da tarde, o secretário estadual da Fazenda, Ricardo Englert, informou que, se as suspeitas forem confirmadas, o dinheiro desviado será devolvido ao banco.
O desvio de dinheiro teria ocorrido por meio de superfaturamento. Em entrevista ao repórter Giovani Grizotti, da RBS TV, a pessoa que denunciou o suposto esquema, em outubro de 2009, disse que eventos como o Festival de Verão, promovido pelo Banrisul, teriam sido atingidos. Em um dos projetos apresentados como exemplo, o banco teria pago R$ 545 mil por um trabalho com custo real de R$ 350 mil.