A investigação de superfaturamento de contratos desencadeada pela PF e pelo Ministério Público na área de Marketing do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) provocou dois efeitos bastante distintos ao longo desta quinta-feira (2).
A prisão do superintendente de Marketing, Walney Fehlberg, e de dois diretores de agências de propaganda de Porto Alegre – Armando D´Elia Neto, da DCS, e Gilson Storck, da SLM - ganhou repercussão proporcional à importância do banco, que ocupa o décimo lugar entre as 500 maiores empresas da Região Sul, de acordo com o ranking GRANDES, de AMANHÃ. “Temos total interesse no esclarecimento destes fatos. O banco tem ações em bolsa, dispõe de uma estrutura de governança transparente, auditoria interna e externa... Se tiver havido alguma irregularidade em contratos, nosso interesse é que os responsáveis sejam punidos e o banco, ressarcido”, afirmou o presidente do Banrisul, Mateus Bandeira.
No âmbito da bolsa de valores, a investigação – que segundo a Polícia Federal pode envolver valores de até R$ 10 milhões – não provocou impacto. Ao final da sessão desta quinta-feira da Bovespa, a ação do Banrisul caiu apenas 0,85% – menos, por exemplo, do que os papéis do Bradesco (-1,97%) e do Santander (-2,22%). A Bovespa teve um dia de baixa: queda de 0,7%. “A verdade é que, apesar do desgate que estas situações trazem, o Banrisul vem apresentando ótimos resultados e seu valor de mercado chega a R$ 6,5 bilhões, cifra muito maior que o valor de que se está falando”, disse ao Portal AMANHÃ um experiente analista do mercado de capitais.