O primeiro azeite de oliva extravirgem brasileiro foi processado em 2008, após 53 anos de estudos, pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), graças a uma parceria com o empresário Ítalo Mostarda, filho de Italianos, pequenos produtores de azeitona e azeite, na Itália, que possui uma metalúrgica e faz desenvolvimento de equipamentos para indústria.

 

A partir daí a EPAMIG passou a investir em maquinários para a extração do azeite e na estrutura para a produção de mudas. Em 2008, foi criada a Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira com o objetivo de organizar o setor.

 

Atualmente a EPAMIG possui 70 produtores de Minas Gerais, em 50 municípios, com 400 hectares e 200 mil plantas. De São Paulo, são 15 produtores, de 10 municípios, com 100 hectares e 50 mil plantas. E a expectativa de produção para 2012 é de 1000 toneladas de azeitona e 150 a 200 toneladas de azeite.

 

Outra novidade do evento é o primeiro azeite de oliva produzido no Rio Grande do Sul em escala comercial. O produto é da propriedade Olivas do Sul, localizada em Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, com 13 hectares plantados. De lá foram extraídos 800 litros de azeite de oliva, monovarietal arbequina e toda a produção já está vendida para comerciantes locais, antes mesmo do envazamento e rotulagem.

 

Para garantir os primeiros lotes de garrafas com o azeite extravirgem no mercado, foram necessários investimentos que se aproximam de R$ 800 mil reais, sendo que 30% desse montante foi aplicado na implantação do primeiro pomar de oliveiras de Cachoeira do Sul.

 

 

O azeite de oliva do Rio Grande do Sul tem como pano de fundo uma história que iniciou em 2005, quando o engenheiro elétrico José Alberto Aued, 55 anos, saiu à procura de uma propriedade para produzir espumantes. As vitiviníferas de Aued acabaram ocupando uma área de apenas meio hectare e com êxito nos vinhos, Aued passou a buscar alternativas para tornar produtivos os 13 hectares que restaram na propriedade do Alto dos Casemiros. A opção foi pela olivicultura, praticamente desconhecida no Brasil e sobre a qual o empresário tornou-se obstinado, buscando informações e tecnologia. Para a surpresa do produtor, as plantas adaptaram-se muito bem à região e as oliveiras lançadas em solo cachoeirense começaram a produzir com apenas três anos.

 

Essas verdadeiras ‘iguarias’ brasileiras, juntamente às novidades vindas da Europa e América do Sul, poderão ser degustadas na 4ª ExpoAzeite 2010. Durante a feira, produtores nacionais e internacionais ainda participarão do 1º Encontro Brasileiro sobre Plantio de Oliveiras para discussão do tema como agrenegócio no Brasil e no mundo.

 

“Temos um mercado nacional promissor. O azeite, cada vez mais, faz parte da dieta dos brasileiros que se interessam em comprar produtos de qualidade e saborosos”, afirma Patrícia Galasini, organizadora do evento. Vale destacar que, de acordo com dados do COI –Conselho Oleícola Internacional-, o Brasil é o terceiro maior mercado importador de azeites do mundo, ficando atrás apenas dos USA e União Européia. E a previsão é que as importações do óleo por aqui aumentem em 20% em 2010.

 

Organizada pela JKPG – empresa com quase 15 anos de experiência em eventos, estratégias de marketing e treinamento - a ExpoAzeite é a mais importante feira do produto no País. Desde 2009 é realizada junto à DeliFood, unindo o que há de melhor em alimentos refinados para o mercado brasileiro.

 

Em São Paulo, acontece nos dias 13 e 14 de setembro, das 10h às 20h, no Centro Fecomércio de Eventos. E, no Rio de Janeiro, em 16 de setembro, das 12h às 20h, no Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. A entrada é gratuita. Para mais informações, o site é www.expoazeite.com.br, ou através do email info@expoazeite.com.br e telefone 11 3071-2277.