O ministro da Educação, Fernando Haddad, foi o palestrante da reunião-almoço dessa segunda-feira (13) na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC). Ele defendeu investimentos permanentes e conjuntos em educação básica e superior como a grande solução para o desenvolvimento do País, estratégia que vem sendo adotada pelo atual governo, cujo orçamento da pasta será de R$ 71 bilhões em 2011. De acordo com o ministro, a educação vai ser a agenda do Brasil no século 21. “Vamos nos transformar numa grande nação”, observou.

Para Haddad, é preciso entender a educação como um assunto geral a ser debatido por todos os segmentos da sociedade, especialmente a classe política e empresarial. Ele complementa que o setor, responsável por nada menos que 60 milhões de brasileiros, possui grande potencial para investimento econômico. O ministro deseja “fazer da educação a alavanca do desenvolvimento social em todas as dimensões”.

Em seu discurso ele destacou que o Brasil vive um momento novo em termos de educação. Na concepção de Haddad, o País avança, criando aos poucos a “cultura da avaliação”, que é o sistema que avalia a educação e que permite a medição da proficiência por escola, a cada dois anos, e a implantação por parte do governo federal de metas de qualidade. Caxias do Sul recebeu elogios do ministro por estar adiantada nesse item, com metas para 2013 já cumpridas. Segundo ele, não é verdade que é preciso esperar 20 ou 30 anos para se ver os resultados na educação. “Um trabalho sério na educação tem retorno de curto prazo”, enfatizou.

Além do que chamou de ousadia em fixar metas por escolas e cumpri-las, Fernando Haddad mencionou outra grande conquista: a universalização da educação dos quatro aos 17 anos. Segundo ele, hoje a taxa de alunos na pré-escola é 80% e na faixa etária de 15 a 17 e de 85%.

Ainda sobre a cidade, questionado em coletiva de imprensa sobre a possibilidade de federalização da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Haddad respondeu que prefere estreitar laços com universidades comunitárias a partir de programas como Fies (Financiamento Estudantil) e ProUni (Universidade para Todos). Sobre o ensino superior, a CIC solicitou ao ministro que a UCS seja considerada uma universidade comunitária e que o Ministério da Educação estabeleça uma parceria para utilizar as vagas e a infraestrutura disponíveis, ampliando a oferta de ensino gratuito.