As taxas de juros dos empréstimos para pessoas físicas voltaram a recuar em agosto/2010 e, novamente, atingiram o menor valor da série iniciada em 1994 pelo Banco Central (BC). Os indicadores recuaram de 40,5% para 39,9% ao ano.
De acordo com o presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Adalberto Savioli, essa redução na taxa média se deve ao aumento da participação de linhas "mais baratas" no total das dívidas dos brasileiros, como crédito consignado e veículos. “Obviamente, o aumento da competitividade do sistema financeiro e a disputa pelos clientes forçam a queda nos spreads também para essa redução. Entretanto, é inegável a contribuição das linhas de crédito pessoal com garantia, como o consignado, nesse cenário”, destaca o executivo.
Segundo o Banco Central, a participação dos empréstimos consignados no crédito pessoal cresceu pelo terceiro mês seguido e chegou a $ 129,7 bilhões em agosto/2010. Desse montante, R$ 111,4 bilhões estão direcionados para funcionários públicos e aposentados do INSS. Os juros do consignado caíram em agosto para 26,4% ao ano, abaixo dos 55,3% praticados em outras modalidades de crédito pessoal.