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Candidato ou partido político: o que mais pesa na hora de decidir em quem votar?
   
     
 


28/09/2010

Candidato ou partido político: o que mais pesa na hora de decidir em quem votar?
Pesquisa inédita entitulada “Desvendando o Eleitor Brasileiro” revela que o que mais pesa na decisão de voto é a figura pessoal do político

Com o título Desvendando o Eleitor Brasileiro, a República – Opinião dos Brasileiros, empresa especializada em pesquisa de opinião, foi a campo em todo o país para saber: o que mais pesa na hora de votar – o candidato ou o partido político?  Qual é o interesse da população brasileira por política em geral? Qual a frequência com que a população acompanha os acontecimentos políticos? Qual o hábito de procurar mais de uma fonte de informação para formar opinião? Qual o papel da internet nas eleições? Qual partido a população mais gosta (identidade partidária) e qual o que menos gosta (rejeição partidária)? Essas e muitas outras questões, realizadas no primeiro semestre de 2010, com módulos qualitativos e de quantificação, com quatro grupos focais e 1.272 entrevistas em todo do país, revelam, em profundidade, e de forma inédita, quem é o eleitor brasileiro hoje.

Para começar, o eleitor brasileiro – 68%, tem “pouco” ou “nenhum interesse por política”, em comparação com 29%, que têm “algum” ou “muito interesse”. A resposta “pouco” ou “nenhum” predominou na Região Norte. Já o percentual daqueles que têm “algum” ou “muito interesse” foi maior na Região Sudeste. Mulheres têm menos interesse na política que os homens – 44% não têm nenhum interesse, contra 29% dos homens. E quando o quesito é a idade, os mais jovens – entre 18 e 24 anos – são os mais desinteressados: 74% não têm “nenhum” ou pouco interesse. Quanto maior a escolaridade, maior o interesse. Entre os que têm curso superior completo, 45% têm “algum” ou “muito interesse” por política.

“De um modo geral, os mais interessados são os moradores do Sudeste e Centro-Oeste, homens, com mais de 30 anos, curso superior completo e membros da classe A. Já os mais desinteressados pela política são os moradores do Norte e Nordeste, jovens (18 a 24 anos), escolaridade baixa e membros das classes D e E”, afirma o cientista político Rodrigo Mendes Ribeiro, diretor-geral da República e coordenador da pesquisa.

A decisão de voto

O que mais pesa na hora de decidir em quem votar? A pesquisa mostrou que o que mais pesa é a figura pessoal do político (45%). Ou seja, o voto no Brasil ainda é bastante personalista e o partido político tem peso menor – 15% responderam que o partido interfere na decisão; e 37% disseram “os dois”.

Na Região Sul o total que considera que o que mais pesa é “o político” é maior: 58%, percentual que revela um voto mais personalista. No Sudeste, importa tanto o político quanto o partido (42%); e a Região Nordeste figura em primeiro lugar no que se refere ao partido – é lá que o partido político tem mais peso isoladamente (20%). Entre homens e mulheres, a diferença é sutil: as mulheres olham mais tanto o partido quanto o político na hora de escolher (40%), percentual que cai entre os homens para 34%. Considerando a faixa etária, interessante notar que o partido tem peso maior principalmente entre os mais jovens (18 a 24 anos) e os mais velhos (65 a 70 anos).

Já considerando o quesito escolaridade, eleitores com curso superior e analfabetos são os que mais consideram a pessoa do candidato. Indivíduos com escolaridade intermediária (primário completo e médio incompleto), por sua vez, são os que mais buscam avaliar tanto o político quanto o partido. Considerando classe social, quanto mais alta a classe, mais os eleitores consideram a pessoa do político: 52% na classe A, por exemplo.

“Um dado bastante interessante é que o partido pesa mais para os eleitores que têm “muito interesse” por política (26%), quando avaliamos a relação entre interesse por política e o que mas pesa na hora de decidir em quem votar. De outro lado, as pessoas que têm “pouco” ou “nenhum interesse” por política dão mais peso à pessoa do político na hora de votar”, destaca Ribeiro. “Considerando o conjunto dos dados, a conclusão é a de que o brasileiro ainda vota de maneira personalista, ou seja, o partido político importa pouco na hora de decidir quem escolher como representante”, destaca o cientista político.

Identidade partidária (partido que mais gosta) e rejeição partidária (partido que menos gosta)

Exceção à regra de que a maioria dos eleitores  ainda vota de maneira personalista é o Partido dos Trabalhadores, o PT. Entre aqueles que votam orientados por sua identidade partidária, 62% têm simpatia pelo PT. O que significa que o voto partidário no Brasil é hoje fundamentalmente petista.

O PT é hoje o partido com o maior número de simpatizantes – cerca de um terço do eleitorado tem simpatia pela legenda. Além disso, tem o maior índice de identidade – 36% – ou seja, é o partido que os eleitores mais gostam. Em segundo lugar, os entrevistados responderam “nenhum partido” – 34%. Em terceiro veio o PMDB (8%), quarto o PSDB (6%) e, empatados em quinto lugar entre os preferidos, o PDT e o DEM (2%).

Quando perguntados sobre o partido que menos gostam, os entrevistados responderam, em primeiro lugar, “nenhum”. Em segundo lugar, “não sabe” (13%); em terceiro, PT (12%); quarto, empatados, PSDB e PMDB (9%). Entre pessoas que se identificam e rejeitam, o PT está com saldo positivo e é o único dos partidos mais expressivos nessa condição. A simpatia pelo PT é distribuída de uma maneira bastante homogênea entre as classe sociais, enquanto o PMDB tem o seu melhor desempenho nas classes B e C e o PSDB na classe B.

“Quanto maior o interesse por política, maior a identidade partidária em geral. As pessoas mais interessadas por política tendem a ser mais simpáticas ao PT, depois ao PSDB”, afirma o cientista político Rodrigo Mendes Ribeiro.

Conclusões

A pesquisa deixa claro que o eleitor brasileiro tem baixíssimo interesse pela política em geral, acompanha muito pouco os acontecimentos políticos e não tem o hábito de procurar mais de uma fonte de informação para formar sua opinião. “O grande fator a determinar tais comportamentos é a baixa escolaridade. É a educação que produz um eleitor mais interessado, antenado, preocupado com a qualidade da opinião que sustenta, em suma, consciente”, afirma Ribeiro.

Na hora de votar, os partidos contam pouco. Só 15% utilizam os partidos como atalho cognitivo para escolher seus representantes. E só o PT, com mais expressão (30% de simpatizantes), e também PMDB e PSDB são partidos visíveis aos eleitores. “O PT é hoje o único partido que consegue chegar no eleitorado de massa e o único que tem uma imagem mais positiva que negativa, considerando a balança identidade partidária / simpatia versus rejeição”, diz Ribeiro.

Fonte: Printec
Autor: Imprensa
Revisão e edição: André Lacasi

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