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Brasileiro banaliza lente de contato
   
     
 


06/10/2010

Brasileiro banaliza lente de contato
Falta de informação nas embalagens e venda livre coloca em risco a visão de 2 em cada 10 usuários de lente de contato

As embalagens de lentes de contato devem incluir em novembro informações sobre os riscos do uso. Esta é a recomendação do MFP (Ministério Público Federal) à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). De acordo com oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto,  a falta de informação nas embalagens aumenta os riscos de infecção, ressecamento da lágrima, alergia, úlcera na córnea e até cegueira. Isso porque, a venda pela Internet, farmácias e ópticas sem prescrição médica  induz pessoas que não são aptas a usar lentes. O especialista explica que para usar lente é necessário fazer uma completa avaliação oftalmológica que inclui utilização de lentes de teste, mesmo nos casos das coloridas sem grau.

A estimativa da SOBLEC (Sociedade Brasileira de Lentes de Contato) é de que os olhos de 15% das pessoas com vícios de refração não tem condições fisiológicas para se adaptarem às lentes. Queiroz Neto explica que mesmo em quem não têm problemas de visão, a adaptação depende da curvatura e relevo da córnea, ausência de doenças oculares ou olho seco.  “Por isso, desde 2009  a adaptação é considerada um procedimento médico pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), mas a população  banaliza as lentes  por causa do fácil acesso”, afirma.

Estudo aponta erros mais freqüentes


Lentes mal adaptadas não é o único problema. Um estudo realizado por Queiroz Neto com 210 pacientes mostra que o uso além do prazo de validade ou durante a noite responde por 45% das complicações, alergias por 35%, contaminação por manutenção e armazenamento inadequados por 20%.

O médico diz que mesmo as liberadas para uso noturno devem ser retiradas durante o sono porque à noite a produção de lágrima é menor. Já as lentes vencidas sofrem deformações.  Por isso, nos dois casos a chance de contaminação e ulceração da córnea é 10 vezes maior.

Alergia é maior entre mulheres

Cosméticos e maquiagem usados na região dos olhos podem impregnar as lentes e causar alergia, mais comum entre mulheres, comenta. Para evitar, recomenda que a lente seja retirada antes da remoção da maquiagem e no contato acidental dos cosméticos com a mucosa ocular.

O depósito de proteínas nas lentes é outro fator que provoca reações alérgicas e contaminação. Em geral é decorrente da higiene inadequada. Um erro comum, assinala, é usar soro fisiológico na limpeza. “Além de irritar os olhos porque contém sal, o soro não tem conservante e por isso se torna um campo fértil para o crescimento de bactérias”, afirma. Guardar lentes no banheiro, nem pensar. O médico diz que o ar dos banheiros contém muitos microorganismos e a umidade facilita a proliferação de fungos.

As recomendações para evitar problemas com lentes de contato são:

- Fazer a adaptação com um oftalmologista;
- Interromper o uso a qualquer desconforto ocular e passar por consulta médica;
- Lavar cuidadosamente as mãos antes de manipular as lentes;
- Utilizar soluções limpadoras na higiene e enxágüe das lentes e estojo;
- Friccionar as lentes para eliminar completamente os depósitos;
- Não usar soro fisiológico ou água na higienização;
- Retirar as lentes antes de remover a maquiagem e quando usar spray no cabelo;
- Colocar as lentes sempre antes da maquiagem;
- Guardar o estojo em ambiente seco e limpo;
- Trocar o estojo a cada quatro meses;
- Respeitar o prazo de validade das lentes;
- Jamais dormir com lentes, mesmo as liberadas para uso noturno;
- Retirar as lentes durante viagens aéreas por mais de três horas;
- Não entrar no mar ou piscina usando lentes.

Fonte: LDC
Autor: Eutrópia Turazzi
Revisão e edição: André Lacasi

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