A CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) afirma que não recebeu nenhuma informação da Abecs (Associação Brasileira de Cartões de Crédito) sobre a proposta de autorregulação dos meios eletrônicos de pagamentos, que a associação publicou nesta quarta-feira (13) em sua página na internet.
O presidente da entidade, Roque Pellizzaro, disse que as empresas de cartões de crédito devem considerar o comércio varejista antes de realizar a autorregulação.
“A CNDL tem sido chamada em várias formas para, em nome do varejo, se pronunciar sobre este assunto, todavia a indústria de cartões não nos informa nada, cabendo nos pronunciar somente baseados no que é solicitado. Assim estaremos aguardando informações oficiais do Governo/Banco Central, e ainda da própria Abecs. Não aceitaremos qualquer decisão contrária aos interesses legítimos do varejo nacional”, declara.
Debate
A CNDL informa ainda que, por meio da Frente Parlamentar do Comércio no Congresso Nacional, solicitará um debate mais sobre o que deve ser autorregulamentado pelas empresas de cartões e o que deve ser regulado pelo Estado. O encontro deverá ocorrer após as eleições.
Sobre a proposta
A proposta de autorregulação publicada pela Abecs é composta por cinco aspectos, tem como objetivo aprimorar o setor e estreitar o relacionamento com o consumidor.
“Nosso objetivo com esse documento é o aperfeiçoamento contínuo do setor e a busca de um ambiente eficiente e competitivo, para que a Indústria prossiga em seu curso de acelerado crescimento e rápida assimilação de inovações tecnológicas e comerciais (…) O setor como um todo está comprometido em aprimorar processos e práticas. A finalidade principal é estreitar ainda mais o relacionamento com o consumidor, oferecendo-lhe benefícios tangíveis, produtos, soluções e principalmente acesso à informação” explica o presidente da Associação, Paulo Caffarelli.