De maneira geral, o brasileiro não tem a cultura de planejar o orçamento. Entretanto, a disciplina com as finanças faz diferença a curto e a longo prazo, sobretudo na hora de receber o 13° salário, onde a renda extra torna-se uma oportunidade de pagar as contas que se acumularam. Porém, para muitos trabalhadores, ele mal entra na conta e desaparece com a mesma velocidade. O que faltou: planejamento.
“É preciso tomar alguns cuidados ao usá-lo, antes de sair às compras”, diz Simone Domingues, sócia e contadora da Trade Contabilidade, empresa do Grupo Virtual Office. Geralmente as pessoas caem nas armadilhas dos cálculos mentais, onde atribuem mais destinos ao montante do que ele é capaz de cobrir. Com o consumo do natal, muitos se esquecem dos descontos do 13° salário, bem como dos compromissos do mês de janeiro, ou seja, imaginam que a renda é suficiente para mais gastos do que realmente ela comporta, diz a contadora.
De acordo com Simone, a primeira coisa que o trabalhador deve fazer é separar uma porcentagem para quitar IPVA e licenciamento de veículos e outras dívidas pendentes. “Afinal, o 13º pode ser um grande aliado do trabalhador se for bem utilizado”, diz, acrescentando que “deve-se também investir uma parte em poupança ou em outro tipo de aplicação financeira para deixar rendendo”.
Na hora de comprar os presentes de Natal ou fechar a tradicional viagem de Ano Novo a contadora recomenda que o abono seja usado para pagamentos à vista, uma ótima maneira de se conseguir maiores descontos e evitar o endividamento futuro com compras parceladas. “Mas o ideal é o trabalhador aguardar a gratificação que ele receberá em duas parcelas e utilizá-la da melhor maneira possível”, completa Simone.