Aprovar a meta decenal de crescimento, entre 2011 e 2020, na média de 6% ao ano, impulsionada por uma taxa de investimento na ordem de 25% do PIB. Esta é a proposta que o Movimento Brasil Eficiente defende para que o país consiga reduzir os níveis de pobreza dos atuais 24% para apenas 15% da população.
Mas para que essa meta seja alcançada, é fundamental que exista uma contenção dos gastos correntes. A matemática sugerida pelo Movimento é simples: DEZ – DEZ – DEZ. Ou seja, a Previdência deve ter seu orçamento anual limitado a 10% do PIB; a União não pode gastar mais do que 10% do PIB; e os outros 10% atenderão estados e municípios.
Dessa forma sobraria mais espaço para a tão necessária ampliação da taxa de investimento, que hoje se encontra estacionada em faixa inferior a 20% do PIB, quando o deveria ser 25%. Comparando com outros países emergentes, a China investe perto de 45% ao ano, a Índia 35%, a Coréia mais de 30% e o Chile, cerca de 25% do PIB.
De acordo com o coordenador do MBE, Carlos Rodolfo Shcneider, com essas medidas é possível melhorar a distribuição de renda no país. “Com uma atuação do próximo governo no sentido de estabelecer metas de redução de impostos e dos gastos públicos e aumentar os investimentos, o Brasil criará as plenas condições para gastar com mais eficiência e ampliar o crescimento econômico e a geração de empregos à média decenal de 6% ao ano. Praticamente dobrando a renda per capita da população, em 2020, arrecadando cerca de 10% menos que hoje”, garante Schneider.
Em fevereiro, o Movimento Brasil Eficiente encaminhará à Câmara dos Deputados o projeto da Lei do Brasil Eficiente com as propostas para simplificação e racionalização da estrutura tributária brasileira, melhorias na gestão dos gastos públicos e aceleração do crescimento econômico.