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Sérgio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás
   
     
 


20/12/2010

Sérgio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás
Mercado de Gás LP vai fechar 2010 com crescimento de 3,64%. Além disso, o consumo industrial e comercial deve fechar o ano com alta de 10,2%, enquanto as vendas de botijões de 13 quilos subirão 1,1%.
 
Sérgio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás  

1 – O mercado brasileiro de Gás LP já registrou um aumento no consumo de Gás LP no acumulado de janeiro a outubro de 3,29%, em relação ao mesmo período do ano passado. Até o final de dezembro o setor prevê ainda uma alta de 3,64% em todo o país. A que o senhor atribui esses números?

Esse resultado tem de ser visto por dois ângulos, o principal é a comparação das vendas do ano em curso com uma base reprimida que foi o ano de 2010 devido à crise econômica mundial, especialmente nas vendas industriais, e o outro ângulo é que as vendas residenciais se mantiveram bastante estáveis mesmo com a crise econômica. Tivemos um bom ano, de recuperação, mas um bom ano no que tange a volumes de vendas do produto.

2 - O crescimento da construção civil também contribuiu para o aumento das vendas de botijões, já que muitos novos condomínios estão sendo projetados com abastecimento coletivo de Gás LP. Essa é uma das grandes apostas do mercado?

Definitivamente o boom da construção civil nos impacta de maneira marcante, nas construções multifamiliares, e nos edifícios comerciais encontramos um farto mercado para a modalidade de venda a granel, onde se instala tancagem e se estabelece distribuição por tubos aos diversos pontos de consumo, podendo apresentar soluções de faturamento total ou fracionado por ponto de consumo.

Mas igualmente nas áreas em que temos desenvolvimento de empreendimentos unifamiliares as vendas de cilindros de 45 quilos crescem e as de botijões de 5, 7, 8 e 13 quilos também apontam para uma recuperação.

Ainda temos muito para aproveitar esse crescimento na construção civil, para tanto precisamos trabalhar mais a percepção de projetistas, engenheiros e arquitetos para a oportunidade de aquecimento de água a gás, pois, além de mais confortável, é mais econômico e reduz substancialmente os custos e a construção. Isso mesmo, a carga elétrica do edifício cai e todas as instalações se barateiam.

3 – Segundo levantamento do Sindigás, o Brasil tem 102,5 milhões de botijões de gás de 13 quilos circulando no mercado. Durante o ano de 2010, somente em manutenção e reposição de botijões foram investidos cerca de R$ 450 milhões, segundo o Programa Nacional de Requalificação da ANP. Qual a importância desses investimentos para a segurança do consumidor?

Esse investimento sob a ótica do consumidor significa uma comprovação do respeito que temos sobre as normas da ANP e o quanto a agência está atenta às melhores práticas internacionais na garantia de um vasilhame seguro.

O botijão de gás, eu não me canso de falar, é seguro. Tão seguro que se pode usar ao lado de um fogão aceso, mas ele precisa retornar para as oficinas de manutenção e requalificação com alguma periodicidade, pode ser por tempo de vida ou por estado geral. Nossas empresas os separam, enviam para a manutenção, lá eles são submetidos a pressões de trabalho de até 3 vezes a pressão normal, os que sobrevivem recebem nova certidão de nascimento e voltam ao consumidor. Os que não sobrevivem, cerca de 16%, são sucateados. O custo é elevado, mas o benefício, impagável. São vidas humanas preservadas. Esses cilindros sucateados poderiam apresentar defeitos na casa do consumidor.

Temos um dos parques de cilindros mais seguros do mundo. E, tenha a certeza, orgulhamo-nos disso. Para se ter uma ideia da segurança de nossa embalagem, a pressão média do Gás LP comercializado no Brasil é de 4,5 Kg/cm² (existem casos abaixo e outros que chegam a 6 ou 7 kg/cm²), alguns refrigerantes vendidos em lata de alumínio chegam a nós com pressão de 5,8 kg/cm². O excesso de chapa no nosso botijão representa o cuidado que temos com nosso produto, inflamável e vendido sob pressão. Os investimentos nessa área não param.

4 – O Programa Gás Legal instalou durante o ano de 2010 sete comitês regionais e um nacional para o combate ao comércio irregular de Gás LP, e o Sindigás é um dos principais parceiros da ANP nessa campanha. Como o senhor analisa todo o esforço de implantação desses comitês?

Gostamos do título de um dos principais parceiros da ANP, mas somos parceiros como todos os outros. Somos muito dedicados ao programa por acreditar nele e porque nossas associadas estão apostando todas as fichas na forma “profissional” como a ANP está tratando esse caso.

A ANP trouxe para si uma responsabilidade incrível. Ela está coordenando como gestora de uma “rede social” informações, interações, métodos de colaboração entre instâncias diversas de autoridades com poder policial para que, juntos, possam reprimir essa praga do camelô do Gás.

É inaceitável ver nossos produtos amarrados em postes, sendo vendidos em casas de ração e, pior, armazenados dentro de ambientes sem ventilação.

Acreditamos que a ANP está, por meio dos Comitês, aproveitando uma energia contida dentro dos Bombeiros estaduais, das prefeituras, dos PROCONs, dos Ministérios Públicos Estaduais, do consumidor e de outros organismos, como DETRAN, CONTRAN, Polícia Civil etc., e pondo em ordem para atacar com muita repressão os que insistem em zombar das normas da ANP, das prefeituras e dos Bombeiros.

Agentes regulados que ainda abastecem esses pontos estão na mira das autoridades e vão sofrer baixas importantes. O bom disso é que a revenda que trabalha na legalidade está investindo pesado e os consumidores vão encontrar melhoria de serviço e não piora.

Acreditamos que o ano de 2011 vai ser um marco para esse programa.

5 – E para 2011? Quais são as estimativas para o setor?

Temos uma estimativa de crescimento de vendas da ordem de 2,23% e continuamos otimistas com a construção civil e com a consolidação do uso de gás no aquecimento da água na casa dos consumidores, especialmente para banhos.

Esperamos que o governo da presidente Dilma Rousseff retome um programa que estava na reta final de implementação e que parou devido às eleições, trazendo para as camadas sociais menos favorecidas uma bela solução de acesso. O programa pretende proporcionar que famílias de baixa renda recebam ajuda financeira para compra do Gás, e que essa compra só possa ser feita em revendas legais, usando novas tecnologias que a Caixa Econômica Federal vai implementar, seja por meio de cartões inteligentes ou de chips de celulares. Esse benefício funciona como o cartão usado em ônibus urbanos legais, o que proporciona conforto e agilidade e ainda é um verdadeiro golpe ao transporte informal.

Estamos também com agendas de trabalho importantes colaborando com a execução do Congresso da AIGLP no Chile, no mês de abril, e trabalhando para a execução de um encontro ibero-americano de autoridades reguladores do Setor de Gás LP, no Rio de Janeiro.

Mas, sobretudo, acreditamos que 2011 será o ano de estabelecimento de um fim à revenda irregular de gás e de criação de ferramentas para universalização do uso do Gás nas camadas sociais menos favorecidas. Ampliar acesso tem que ser um de nossos desafios.

Estamos animados. Que venha 2011.

Fonte: Sindigás
Autor: Comunicação
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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