O dado foi divulgado pelo presidente da entidade, Antônio Cesa Longo, que aponta produtos como cerveja, refrigerante e panetone como os principais destaques em crescimento de vendas. “A comercialização de cerveja para o Natal está 25% acima da registrada em 2009, o que gerou alguma dificuldade de abastecimento pela indústria em algumas marcas”, destaca o dirigente. Já os refrigerantes registram um aumento de 15% neste Natal, em relação ao ano passado.

 

Panetones – Para Longo, a antecipação da exposição de panetones nas gôndolas pelos supermercadistas foi decisiva para um crescimento de 20% nas vendas deste produto. “Neste ano, a tendência de consumo deste item se inverteu. Até pouco tempo, as vendas de panetones com frutas cristalizadas correspondiam a 50% do total, contra 40% daqueles com gotas de chocolate. Em 2010, os produtos com chocolate representam cerca de 65% da comercialização”, explica.

 

Bombons – Cada vez mais lembrados pelos consumidores como alternativa de presente de última hora, os chocolates também são destaque nas vendas. Somente nesta véspera de Natal (24), estão sendo comercializadas 1,5 milhão de caixas de bombons nos supermercados gaúchos – totalizando pelo menos 5,2 milhões de caixas no acumulado do mês de dezembro.

 

Aves natalinas – Tradicionais nas comemorações de Natal, as aves natalinas, como o peru, o chester e o “frangão”, fecharão o Natal de 2010 com uma alta de 11% na comparação com o ano passado.

 

Outros produtos – Comercializados a um preço médio de R$ 10 nos supermercados, os brinquedos têm um incremento de 15% nas vendas neste Natal, em relação a 2009. As carnes, com um crescimento de 16%, também estão com grande procura, e a costela é o destaque neste segmento. “Seis em cada 10 consumidores gaúchos que compraram carnes optaram por este corte. Os supermercados se prepararam e não houve desabastecimento, já que 70% da costela consumida no RS vem de fora do Estado”, aponta o presidente da Agas.

 

Importados – Mesmo que beneficiados pela estabilidade do dólar, os produtos importados, como as frutas secas, ainda são pouco representativos no total das vendas do setor: neste Natal, irão significar menos de 3% do total das vendas. “O valor do dólar proporcionou as pessoas de ampliarem a sua ceia de Natal, com frutas secas e azeites de oliva”, pondera o dirigente.

 

Segundo Longo, o calendário contribuiu para os resultados positivos deste Natal, já que o dia 25 cai em um sábado, fazendo com que o consumidor tenha mais tempo para a realização de suas compras. Um levantamento realizado pelo Instituto Segmento Pesquisas mostrou que os supermercadistas gaúchos projetavam um crescimento real médio de 13% nas vendas para o mês de dezembro.

 

De acordo com o presidente da Agas, o número poderá ser superado se o sucesso das vendas do Natal se repetir na semana que vem, antecedente ao Ano-Novo. “As vendas de carnes e bebidas têm um aumento representativo neste período, e o consumidor está dando cada vez mais importância para as duas datas”, avalia Longo.