Uma nuvem cinzenta enorme, em forma de cone, assustou moradores da região da Baixada Fluminense, na noite desta quarta-feira (19). Alguns mandaram as imagens do fenômeno para o Jornal Nacional.

Mesmo assustados, os moradores gravaram imagens pelo celular. Um fenômeno nunca visto antes na região. Um raio quase atingiu uma casa. “Parecia que o mundo estava desabando”, descreve uma moradora.

Basta andar por uma rua para ver o efeito da ventania que pegou tudo o que estava no seu caminho e, segundo os moradores, destruiu mais de 20 casas em um bairro da Baixada Fluminense.

O vendaval arrancou telhados, derrubou árvores e arrebentou instalações elétricas em sete bairros de Nova Iguaçu. Uma senhora foi atingida por pedaços de telhado que voaram de uma casa vizinha.

Stéphanie ficou apavorada. “O vento estava me arrastando para a pista. Eu falei para o moço: ‘Me ajuda, pelo amor de Deus’. Nunca mais vou esquecer esse momento na minha vida”, conta a menina.

Os tornados vão do nível F-0, com ventos de 110 km/h, ao nível F-5, com mais de 500 km/h. Tudo começa com uma nuvem de tempestade e ventos fortes. O ar quente sobe e encontra o ar mais frio. Neste momento, se forma uma coluna de ar que gira muito depressa, igual a um redemoinho. Mas o fenômeno só é considerado tornado quando a ponta toca o solo.

A imagem não mostra o funil tocando o chão, mesmo assim, meteorologistas acreditam que tenha sido um tornado.

“Pela destruição e pelo impacto que causou na região afetada, eu diria que é um tornado sim”, avalia o meteorologista Izimar Azevedo.

A Defesa Civil ainda vai fazer um levantamento dos estragos causados pelo fenômeno.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que não foi possível medir a velocidade do vento em Nova Iguaçu porque não há estação meteorológica na região.