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Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da Aspomil
   
     
 


22/01/2011

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da Aspomil
A demagogia do desarmamento policial
 

Mais uma vez, os policiais brasileiros são importunados pelos demagogos de sempre, que pouco ou nada conhecem de segurança pública mas fazem questão de palpitar sobre o assunto, mesmo que suas idéias, se adotadas, coloquem em risco a vida dos policiais e daqueles a quem a classe tem o dever constitucional de proteger. Aquelas cassandras de plantão empenham-se, agora, em desarmar o policial ou pelo menos limitar o uso do armamento que o Estado lhe fornece como ferramenta de trabalho.

Em primeiro lugar, essas desavisadas criaturas deveriam compreender que as polícias têm normas e regulamentos. Para receber sua arma e dela poder fazer uso em defesa da sociedade – e só em defesa da sociedade –, o policial recebe treinamento. Ele não pode, como se pretende afirmar, sair atirando ao seu bel prazer, pois a corporação faz o controle das ocorrências e do seu procedimento em cada uma delas. Sempre que erra ou exorbita, recebe as sanções administrativas e, dependendo do caso, ainda sofre condenações judiciais. As corregedorias são atentas e impedem as ações em desacordo com a tarefa de proteger a sociedade. Disso todo policial é ciente logo ao ser admitido e se, mesmo assim, age em desacordo, é advertido, punido e... demitido.

Os contumazes críticos da polícia, em vez de tentar retirar a ferramenta das mãos do policial, que é um profissional, deveriam ser mais preocupados com as suas condições de trabalho. Se procurassem se inteirar, veriam que não há razão para o desarmamento pois, ser policial, é um risco. Com os salários que recebem, muitos dos civis e militares encarregados de nossa proteção não possuem carro e moram em locais distantes, até em favelas, onde não podem revelar sua condição de policial, pois, se o fizer, sua família é molestada. Quando deixam o trabalho, deixam a farda ou uniforme e a arma no quartel ou distrito e vão para casa em trajes que não chamem a atenção. Se fossem ostensivamente, como no passado, poderiam cair em emboscada e até perderem a vida, pois não têm dinheiro para morar bem e nem para sustentar uma boa condução.

Outra coisa que os interessados em resolver os problemas da polícia deveriam fazer é verificar a condição de trabalho e saber qual a razão de tantos suicídios entre policiais. Estariam eles recebendo o devido apoio psicológico e de saúde para exercer a função estressante?

No último dia de seu mandato, o presidente Lula colocou em vigor a Portaria Interministerial nº 4226, que cede a pressões internacionais e busca limitar a ação e o poder de reação dos policiais. É necessário, no entanto, levar em consideração as condições brasileiras de segurança pública. Muito antes de limitar a ação da polícia, os governos e a sociedade têm uma série de outros problemas a resolver, especialmente na área social. Ação da polícia é apenas a reação aos problemas e desajustes da sociedade. Limitar a polícia não resolverá os problemas. Pode, pelo contrário, agravá-los...

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) 

aspomilpm@terra.com.br                                                                                                     

Dados do Autor:

Dirceu Cardoso Gonçalves – tenente-PM

RG nº 5301.573-SP

Telefone (011) 2941-7976 – Celular (011) 7640-1708

Avenida Celso Garcia, 3976 – Tatuapé 

CEP 03064-000  -  São Paulo - SP

Fonte: Dirceu Cardoso Gonçalves
Autor: Dirceu Cardoso Gonçalves
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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