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Grupo protesta contra homeopatia como especialidade médica em Porto Alegre
   
     
 


04/02/2011

Grupo protesta contra homeopatia como especialidade médica em Porto Alegre
Manifestantes vão ingerir medicamentos em excesso para provar sua ineficácia

Um grupo vinculado à Liga Humanista Secular do Brasil (LiHS) prepara um protesto contra o reconhecimento, por parte do Conselho Federal de Medicina, da homeopatia enquanto especialidade médica.

A ideia é reunir pessoas, às 9h30min de sábado, na Casa de Cultura Mario Quintana, na Capital, para ingerir uma quantidade excessiva de alguma medicação homeopática.

Segundo os organizadores, nenhum dos manifestantes sentirá os efeitos, o que comprovaria sua ineficácia.

"A homeopatia ficou para trás. Usa preceitos do século 18. É um absurdo o conselho reconhecê-la como especialidade. É como reconhecer o curandeirismo" afirma Eli Vieira Araujo Júnior, 23 anos, presidente da LiHS.

Ele ainda menciona um estudo publicado em 2005 na revista médica The Lancet que garante que os medicamentos homeopáticos funcionam, na verdade, como placebos, ou seja, fazem o paciente acreditar que está sendo tratado, o que contribui para uma resposta mais rápida do sistema imunológico.

Nas faculdades, cai o interesse pela disciplina

Dos 350 mil médicos brasileiros, cerca de 15 mil são homeopatas, segundo estimativa da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB). Embora o mercado tenha se expandido com a inclusão da homeopatia no SUS, o interesse pela especialidade tem caído nas faculdades de Medicina.

Segundo o presidente da AMHB, Carlos Fiorot, o problema que afeta a homeopatia é o mesmo de outras áreas que dependem fundamentalmente da prática clínica: a má remuneração das consultas. "Os estudantes acabam preferindo áreas em que podem ganhar com procedimentos, como cirurgia e dermatologia", afirma. Outro obstáculo para a formação de profissionais qualificados é o pequenos número de cursos no País. Poucas são as universidades que oferecem a disciplina de homeopatia na graduação e apenas a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro possui curso de residência na área.

O desconhecimento e o preconceito existente na comunidade científica, afirma Marcus Zulian Teixeira, impede o avanço de pesquisas sobre o tema. "Existem artigos de boa qualidade, mas são poucos. Não temos a indústria farmacêutica para subsidiar a pesquisa nem a mesma facilidade para conseguir financiamento com os órgãos de fomento", diz.

Além disso, continua, não é possível fazer estudos com medicamentos homeopáticos nos mesmos moldes da alopatia. "Um dos pilares da homeopatia é a individualização do tratamento e do paciente. Não posso dar o mesmo princípio homeopático para um grande número de pessoas e esperar que vá funcionar da mesma maneira e comparar com um grupo de controle", explica.

Mas para céticos como Drauzio Varella, até para ser usada como terapia complementar a homeopatia precisa de mais evidências. "Na medicina moderna não cabem mais dogmas que não conseguem ser provados na prática."

Fonte: Zero Hora e Estadão
Autor: Redação
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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