O Índice Nacional de Confiança ACSP/IPSOS de janeiro de 2011 atingiu 161 pontos, contra 163 pontos em dezembro, ainda o segundo mais alto da série, e 149 pontos em janeiro de 2010
“O otimismo para as vendas, permanece no início deste ano. Mas esperamos que a alta dos juros não pese demais a ponto de reverter as expectativas ainda favoráveis para este ano”, disse Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Regiões
As regiões norte e centro-oeste continuam as mais otimistas mantendo os mesmos 200 pontos registrados em dezembro de 2010, provavelmente, beneficiado pela alta internacional das commodities alimentícias. A região sudeste passou para o segundo lugar praticamente estável com 168 pontos em janeiro de 2011, contra 167 pontos em dezembro passado. A região sul perdeu 14 pontos, atingindo 167 pontos (contra 181 pontos em dezembro de 2010). Essa queda pode ser explicada pelas fortes chuvas que assolam a região. Finalmente, a região nordeste, a menos otimista, ficou estável com 135 pontos janeiro de 2011.
Classe
A classe C mais uma vez continua liderando o otimismo com 166 pontos em janeiro de 2011, contra 170 pontos em dezembro passado. Essa queda provavelmente reflete o encarecimento dos juros da pessoa física. A seguir a classe A/B com 155 pontos, contra 156 pontos em dezembro/2010. Finalmente, a classe D/E subiu um pouquinho, passando de 143 pontos em dezembro, para 146 pontos em janeiro de 2011.
Emprego
Os que se sentem mais confiantes no emprego ficaram praticamente estáveis: subiu de 43% em dezembro para 44% em janeiro/2011. Entre os menos confiantes o percentual de respostas também ficou praticamente estável, passando de 16% em dezembro, para 17% em janeiro/2011, mantendo a diferença a favor dos que se sentem mais seguros em 27%.
Já a média entre os entrevistados de pessoas conhecidas que perderam emprego aumentou de 3 pessoas em dezembro/2010, para 3,3 pessoas em janeiro de 2011. Porém há um ano (janeiro/2010) esse número de pessoas conhecidas era de 4.
Compras
O placar permanece favorável para compra de eletrodomésticos. Os entrevistados que se sentem mais à vontade para a compra de eletrodomésticos permanece em 49% dos entrevistados em janeiro/2011. A porcentagem dos menos favoráveis subiu ligeiramente de 20% em dezembro/2010 para 22% em janeiro/2011.
Futuro
Em relação à confiança do consumidor no futuro da economia da sua região; os que acham que ela vai ficar mais forte mantiveram-se estável em 44% (janeiro de 2011/dezembro 2010). O percentual dos que acham que ela vai ficar mais fraca caiu um ponto: de 8% para 7% (dezembro de 2010/janeiro de 2011).
Na condição financeira pessoal dos entrevistados, em relação aos próximos seis meses houve uma ligeira queda de 58% dos entrevistados em dezembro, para 57% em janeiro de 2011.
Mas o percentual dos consumidores que acham que a situação vai piorar nos próximos seis meses subiu de 5% em dezembro/2010, para 7% dos entrevistados em janeiro/2011.
Cabe ainda destacar que, em relação à situação financeira pessoal atual (hoje) houve uma melhora com 56% declarando em janeiro/2011 (contra 54% em dezembro/2010) que ela é BOA, contra 20% (21% em dezembro de 2010) que a consideram RUIM. Esses números sugerem que o consumidor está com suas finanças equilibradas, mas já percebe que daqui a seis meses pode mudar.
Balanço
Resumidamente: permanece neste início de ano (2011) ainda uma forte propensão para o consumo de bens duráveis. Embora a situação financeira do consumidor hoje ainda seja muito favorável, já existe uma percepção que o “desemprego no seu círculo de convívio” subiu. É preciso aguardar se essa é uma tendência ou apenas um movimento casual.
Nota: a pesquisa nacional ACSP/Ipsos faz mil entrevistas domiciliares por mês, 12 mil por ano, em 9 regiões metropolitanas e 70 cidades do Interior brasileiro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
OBS. O Índice da ACSP/Ipsos varia de zero a 200 pontos, sendo que acima de 100 pontos está na região do otimismo e do pessimismo abaixo de 100 pontos.