O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, participou no último dia 19 do painel “Criando um futuro Seguro e Sustentável para o Setor Energético”, na Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos, promovida pela Confederação da Indústria (CNI), em Brasília. No evento, Gabrielli disse que a demanda mundial por petróleo deve aumentar com a retomada do crescimento da economia dos Estados Unidos.

 

Gabrielli destacou a aprovação do governo americano para o projeto da Petrobras de produção de petróleo e gás nos campos de Cascade e Chinook, na parte norte-americana do Golfo do México. “Estamos levando pela primeira vez o sistema de produção de FPSO ao Golfo do México. O órgão regulador americano reconheceu a tecnologia e segurança do projeto.” Todas as autorizações foram concedidas e a produção deverá ser iniciada em breve. 

 

Sobre projeções futuras, afirmou que a Petrobras tem grandes perspectivas de incremento de produção. “Seremos um grande produtor de petróleo, nossas descobertas serão as principais fontes adicionais da produção mundial nos próximos 10 anos.” Ressaltou, ainda, que o desenvolvimento das descobertas do pré-sal exigirá volume robusto de investimentos e mobilização da cadeia de fornecedores no Brasil, nos Estados Unidos e em diversos países no mundo. 

 

Com relação a biocombustíveis, afirmou que há perspectivas de aumento de produção e de demanda, em especial no setor de transportes. Gabrielli destacou o projeto, em escala semi-industrial, que a Petrobras desenvolve em parceria com empresa norte-americana para produção de etanol celulósico a partir de bagaço de cana-de-açúcar.

 

Além do presidente da Petrobras, participaram do painel o CEO da Westinghouse Eletric Company,  Aris Candris;  o presidente para América Latina da General Eletric, Reinaldo Garcia; o presidente do Conselho da Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello, e o jornalista William Waack, como moderador.

 

Ao final da Cúpula, o presidente da Petrobras declarou a jornalistas que considerou muito positiva a atenção do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com as relações empresariais com o Brasil na área de energia. “É uma grande novidade, o governo americano passa a considerar o valor estratégico dessa relação entre empresas, que hoje se dá apenas em bases comerciais de mercado. São precisos novos canais e mecanismos para valorar e facilitar essa relação”, afirmou Gabrielli.