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Uma picada milionária
   
     
 


07/05/2011

Uma picada milionária
O laboratório francês Sanofi-Aventis investe 350 milhões de euros em uma fábrica para produzir uma vacina contra a dengue que nem sequer foi aprovada

Na pequena Neuville-sur-Saône, no interior da França, está se erguendo uma fábrica para produzir um produto que tem 2,5 bilhões de consumidores potenciais no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nessa cidade, o laboratório francês Sanofi-Aventis investe 350 milhões de euros em unidade industrial que terá a capacidade de fazer 100 milhões de doses anuais de vacinas contra a dengue. O investimento deverá ter impacto direto nas operações da empresa no Brasil, primeiro mercado a ter a nova droga comercializada.

Afinal, cerca de 1 milhão de brasileiros foram contaminados pela dengue em 2010. O mais curioso disso tudo é que, até agora, a vacina contra a dengue não foi aprovada pelas autoridades sanitárias. “Estamos assumindo os riscos”, diz Susan Watkins, diretora de comunicação científica para as Américas da Sanofi. “Acreditamos que ela será aprovada e queremos estar prontos para produzi-la imediatamente.”
 
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Há, no entanto, um longo caminho ainda a ser percorrido pela Sanofi – que comprou a empresa brasileira de genéricos Medley por R$ 1,5 bilhão em 2009 – até a vacina chegar ao consumidor brasileiro. A construção da nova fábrica deve levar cerca de dois anos. As obras civis estarão prontas antes mesmo de a vacina ter saído dos laboratórios da empresa.
 
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No momento, os cientistas testam a droga em pacientes humanos, etapa considerada estágio final do processo de produção de uma vacina. Esse período costuma durar de dois a três anos. Depois disso, é necessário mais um ano, em média, até ela ser aprovada. Se o cronograma seguir sem surpresas, a Sanofi terá se antecipado a cientistas de outras instituições. Há centros de pesquisas pelo mundo que também buscam chegar ao fim da busca de quase um século por uma vacina para a dengue. O Instituto Butantan, no Brasil, é um deles. A concorrente GlaxoSmithKline realiza também testes, na Tailândia.
 
 
A empreitada do laboratório francês reflete sua estratégia de diversificação. Mais do que qualquer outra companhia do setor, a Sanofi soube atacar diferentes mercados, para se proteger contra as ameaças da perda de patentes, que vai varrer bilhões de dólares nos próximos anos. “Hoje, quanto mais áreas você puder jogar, maior e melhor será a sua flexibilidade”, afirma Marcos Macedo, diretor da área de consultoria para a América Latina da IMS Health, especializada no setor de saúde. Diferentemente das drogas químicas, as vacinas, por serem produtos biológicos, não podem ser facilmente copiadas ou reproduzidas por falsificadores ou empresas de genéricos ou similares.

Fonte: IstoÉ Dinheiro
Autor: Carlos Eduardo Valim (de Boston (EUA))
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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