Uma dieta adequada, com nutrientes ricos em elementos antioxidantes, pode ser o segredo da juventude e da vida saudável. Várias substâncias estudadas atualmente têm alto poder antioxidante, entre elas dois compostos bioativos em especial: os flavonóides e ômega 3, que contribuem para desacelerar o processo de envelhecimento celular. “A ciência vem evoluindo e mostra que a base da saúde é a escolha alimentar”, enfatiza a nutricionista Juliana Garcia. A especialista explica que alimentos que contêm essas substâncias, fornecem energia para o corpo, uma nutrição adequada e proporcionam benefícios à saúde, auxiliando na prevenção de diversas doenças e no aumento significativo da expectativa de vida.

 

Os flavonóides atuam como neutralizadores de radicais livres. “A atividade metabólica natural produz lixo metabólico que o organismo nem sempre consegue eliminar devidamente. Ao consumir os flavonóides, com capacidade antioxidante, o lixo metabólico é eliminado, tornando mais lento o processo de envelhecimento celular”, esclarece Dra. Juliana.

 

Esses compostos também têm papel relevante na inibição da carcinogênese, mutagênese e na prevenção de doenças cardiovasculares. Os flavonóides estão presentes nos alimentos vermelhos e arroxeados: tomate, melancia, morango, maça, uva, ameixa e assai. Também no vinho, no chá verde, chá branco e cacau.

 

Já o ômega 3 é considerado uma gordura essencial, aquela que precisamos consumir em nossa dieta. “É reconhecido com um nutriente cardioprotetor, pois, reduz os níveis de triglicerídeos e colesterol sanguíneo, aumenta a fluidez sanguínea e reduz a pressão arterial. Existem evidências que sua deficiência está associada a problemas de pele, depressão, artrite, rigidez articular e sintomas pré-menstruais”, destaca a nutricionista.

 

O ômega 3 é encontrado em peixes de água fria: atum, sardinha, arenque e salmão, e na semente e óleo de linhaça. A linhaça é um alimento de origem vegetal que apresenta maior quantidade concentrada dessa gordura. “Desse modo, auxilia nos controles do nível de colesterol e proteção cardiovascular, atua no controle do açúcar sanguíneo, auxilia na redução das inflamações, na renovação celular (antioxidante), além de auxiliar no funcionamento intestinal”, enfatiza.

 

 

Mais de 95% do oxigênio consumido durante o metabolismo aeróbico é utilizado para produção de energia. “O restante resulta na produção de radicais livres, que são tóxicos e podem desenvolver doenças, entre elas a implicação da carcinogênese, a progressão de doenças cardiovasculares, a patogênese da sepse e doenças oculares (catarata e degeneração macular), complicações do diabetes mellitus e o envelhecimento, que é um processo natural”, enumera Dra. Juliana. 

 

A exposição contínua de poluentes, o estresse, exercício físico em excesso, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, exposição ao sol, uso de medicamentos e consumo constante de alimentos com agrotóxicos e aditivos químicos também aumentam significativamente a produção de radicais livres no nosso corpo. “Para combater essa quantidade de radicais livres a que nosso organismo está exposto são necessárias defesas antioxidantes”, afirma a Dra. Juliana.