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Varejo brasileiro tem forte desaceleração em março
   
     
 


15/05/2011

Varejo brasileiro tem forte desaceleração em março
Vendas avançam 4,1% em março, menos da metade dos 8,6% do mês anterior
As vendas do varejo brasileiro tiveram no mês de março um crescimento de 4,1% na comparação com o mesmo período de 2010, de acordo com informações divulgadas pelo IBGE em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O desempenho ficou bem abaixo da alta de 8,6% registrada em fevereiro na comparação anual. Com isso, o varejo fechou o primeiro trimestre do ano com uma expansão de 6,9% e os últimos 12 meses com uma alta de 9,5%. “As vendas do varejo tiveram em março uma desaceleração significativa, que pode ser atribuída a uma série de fatores, como a inflação nos alimentos, as medidas do Banco Central para conter o crédito e o efeito calendário, que colocou o Carnaval em março e levou a Páscoa para abril, derrubando as vendas de vários segmentos”, analisa Luiz Goes, sócio-sênior e diretor da GS&MD – Gouvêa de Souza, empresa de consultoria especializada em varejo.
 
O desempenho do varejo brasileiro continua bem acima das principais economias mundiais. Na Zona do Euro, por exemplo, o crescimento em março foi de 1,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já nos Estados Unidos o avanço foi de 8,9% em fevereiro naquele mês, mas sobre uma base de comparação extremamente deprimida, uma vez que o mercado americano sofreu fortemente os efeitos da crise financeira global.
 
Considerando o Varejo Ampliado (que também envolve automóveis e materiais de construção), as vendas caíram 2,5% em março na comparação anual, contra avanços de 14,7% em fevereiro e 11,2% em janeiro. “As medidas macroprudenciais do Banco Central, anunciadas em dezembro do ano passado, começaram a surtir efeito, já que os setores mais dependentes de crédito tiveram um desempenho menos intenso”, analisa Goes. As vendas de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, subiram 11,1% em março, contra 20,3% em fevereiro e 19,1% em janeiro. O segmento de materiais de construção, por sua vez, registrou uma expansão de 6,4% na comparação anual, bem abaixo dos 19,3% de fevereiro e dos 16,5% de janeiro.
 
No caso dos veículos, motos, partes e peças, que apresentaram queda de 12,8% em março e contrastaram fortemente com as altas de 25,7% e 16,4% nos meses anteriores, existe ainda uma influência considerável do calendário. “São produtos com vendas concentradas nos finais de semana. O Carnaval afetou sensivelmente o desempenho, ainda que as condições de crédito estejam mais restritas”, pondera Goes.
 
Nos setores de bens semiduráveis, a expansão da massa salarial, decorrente do crescimento econômico, garantiu uma alta moderada das vendas. Em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, por exemplo, houve alta de 5,5% em março, contra 10,6% em fevereiro, dando continuidade à desaceleração sentida nos últimos meses (12,7% em janeiro e 14,1% em dezembro). Já tecidos, vestuário e calçados fecharam março com expansão de 5,6% nas vendas, contra 14,2% e 9,8% nos dois meses anteriores, e acumulam nos últimos 12 meses um crescimento de 10,6%. “Este ano começou mais forte que 2010 para o setor de vestuário, alavancado pelas promoções realizadas pelos varejistas. Em março, o feriado de Carnaval parece ter contribuído para essa desaceleração”, afirma.
 
O segmento de supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tradicionalmente é o carro-chefe do varejo, mais uma vez ficou abaixo da média do setor, com uma expansão de apenas 1,5% na comparação anual. Nesse caso, a desaceleração é evidente: alta de 2,5% em fevereiro, de 4,2% em janeiro e 6,2% em dezembro. “A inflação no preço dos alimentos vem reduzindo o crescimento do setor, mas não se deve esquecer que no ano passado a Páscoa aconteceu em março, deixando a base de comparação bastante elevada. Por isso, é bem provável que em abril os números do segmento sejam muito fortes”, projeta Goes.
 
Mesmo com a desaceleração dos últimos meses, as expectativas para este ano são otimistas. “O varejo fechará 2011 com um crescimento acima do PIB, pelo nono ano seguido. Ainda que a expansão não seja tão intensa quanto em 2010, e o governo esteja se empenhando em controlar a inflação, a renda das famílias deverá continuar em expansão e o desemprego ficará estável. Isso trará um bom desempenho para o setor ao longo do ano“, conclui.
 
Sobre a GS&MD – Gouvêa de Souza
 
A GS&MD - Gouvêa de Souza atua desde 1989 como empresa de consultoria e serviços voltados a varejo, marketing e distribuição. As metodologias integram inteligência de mercado, informação, estratégia e gestão, visando ao incremento de resultados. Os mercados de atuação são varejo (alimentos e não-alimentos), atacado, distribuidores, indústria de bens de consumo, serviços e shopping centers. A Gouvêa de Souza desenvolveu parcerias com empresas de pesquisa e consultoria de varejo nos Estados Unidos, Europa e Ásia e integra o Ebeltoft Group, consórcio de empresas especializadas em consultoria de varejo que implanta mudanças de paradigmas para negócios de varejo e serviços em vários países.

Fonte: DFREIRE
Autor: Marina França
Revisão e edição: André Lacasi

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