Somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados 838 ataques a bancos em todo o Brasil, sendo 537 arrobamentos e 301 assaltos.
Segundo Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, realizada pela CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes) e Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), o estado de São Paulo foi o que mais sofreu ataques.
Entre janeiro a junho deste ano, foram 282 ataques no estado. Desses, 179 foram arrombamentos e 104, assaltos ou tentativas de assalto.
Outros estados
O segundo estado a sofrer mais ataques a bancos foi a Bahia, com 27 arrombamentos e 34 assaltos. Roraima foi o que menos sofreu ataques, sendo apenas dois arrombamentos. Já o Amazonas foi o único a não registrar ataques a bancos no primeiro semestre, como é possível ver na tabela abaixo:
Ranking |
UF |
Arrombamentos/Tentativas |
Assaltos/Tentativas |
Total de Ataques |
São Paulo |
179 |
104 |
283 |
Bahia
|
27 |
34 |
61 |
Paraná |
32 |
24 |
56 |
Paraíba |
49 |
5 |
54 |
Mato Grosso |
40 |
8 |
48 |
Rio Grande do Sul |
35 |
12 |
47 |
Santa Catarina |
30 |
4 |
34 |
Pernambuco |
24 |
5 |
29 |
Espírito Santo |
0 |
27 |
27 |
Alagoas |
18 |
5 |
23 |
Maranhão |
19 |
4 |
23 |
Paraíba |
6 |
15 |
21 |
Minas Gerais |
5 |
13 |
18 |
Rio de Janeiro |
5 |
13 |
18 |
Piauí |
11 |
6 |
17 |
Goiás |
10 |
4 |
14 |
Ceará |
8 |
5 |
13 |
Rio Grande do Norte |
12 |
0 |
12 |
Mato Grosso do Sul |
10 |
0 |
10 |
Sergipe |
6 |
1 |
7 |
Rondônia |
3 |
3 |
6 |
Amapá |
0 |
5 |
5 |
Tocantins |
0 |
4 |
4 |
Acre |
3 |
0 |
3 |
Distrito Federal |
3 |
0 |
3 |
Roraima |
2 |
0 |
2 |
Amazonas |
0 |
0 |
0 |
Mais segurança
Para o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares, para que o número de ataques diminua, é necessário que os bancos invistam em segurança.
"Os bancos precisam destinar recursos para a instalação de equipamentos, para evitar ações de quadrilhas cada vez mais ousadas, aparelhadas e explosivas", afirmou Soares. Dentre os equipamentos, os trabalhadores em segurança sugerem vidros blindados nas fachadas, biombos ou tapumes entre a fila de espera e a bateria de caixas e divisórias entre os caixas.
Já para o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias, os bancos precisam investir em equipamentos e os estados precisam melhorar a segurança pública.
Tarifas
Os vigilantes e bancários pedem ainda a isenção de tarifas de transferência de recursos, como DOC, TED e ordem de pagamento, como forma de desestimular os saques. "Essa medida, se adotada, reduzirá a circulação de dinheiro na praça e evitará que clientes sejam alvos de assaltantes e vítimas de ´saidinhas de banco´", afirmou o diretor da Fetec-CUT/PR, Carlos Copi. A proposta já foi levada pela Contraf-CUT para discussão com os bancos.