A luta da Anfape – Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças está cada vez mais consolidada no mercado de reposição e tem recebido a atenção e o apoio de importantes entidades que buscam defender a concorrência saudável no setor e preservar o direito de livre escolha dos consumidores.

 

Prova disso é o apoio de personalidades de inegável credibilidade que a associação tem atraído. É o caso do Dr. Alcebiades Santini, representante do Fórum Nacional de Defesa do Consumidor. “Tenho me envolvido e pesquisado a fundo sobre a atuação da Anfape. No processo de investigação é preciso ter muita cautela para avaliar se a causa é realmente ética, legal e moral e, neste caso, consegui afirmar que a entidade abrange fortemente essas características”, diz.

 

Santini destaca que apóia a Anfape por entender que essa luta perene representa uma ação pró-ativa de valorização e respeito aos consumidores, buscando preservar suas oportunidades de escolha e orçamentos. “Além disso, vivemos um momento de muito desgaste com o desabastecimento do mercado e o que vemos hoje são pessoas que precisam se desapropriar de seus veículos por um período de até 120 dias. Isso é um absurdo e se as fabricantes independentes não atuassem, o problema certamente seria bem maior”, esclarece. 

 

E a questão não afeta somente o consumidor e os fabricantes, mas também as seguradoras, que não conseguem atender os clientes por falta de peças. “Se as seguradoras autorizassem o uso de componentes não-originais nos carros, o tempo de conserto reduziria absurdamente”, explica Roberto Monteiro, diretor executivo da Anfape. Ele chama atenção, ainda, para a possibilidade da redução dos valores do seguro, o que os tornaria mais acessível à população menos favorecida.

 

O Sr. Helton Andrade, do Sincopeças de Minas Gerais, também concorda com a atuação da entidade e se coloca como um dos importantes apoiadores. “Defendo a igualdade para todos. Não se pode monopolizar o mercado como essas montadoras querem. As independentes atuam há anos, inclusive antes da chegada da FIAT no país, cumprem a legislação correta, são idôneas e sustentam muitas famílias brasileiras. Além disso, oferecem peças com a devida procedência de qualidade. Tirá-las do setor seria uma grande perda para os consumidores, que ficariam reféns das montadoras”, comenta.

 

Monteiro explica que a manutenção da liberdade de mercado já seria um grande passo para reduzir o “apagão” das autopeças. “O consumidor estaria bem mais amparado do que a situação crítica que vive hoje”, avalia.

 

Quem também apoia a causa por crer em sua legitimidade é o Sr. Ranieri Leitão, do Sincopeças do Ceará. “A Anfape é uma entidade representativa, que está defendendo os direitos dos associados de fabricar e vender seus produtos, pois são empresas que pagam impostos e empregam trabalhadores. Portanto, estão usando os direitos que lhe são conferidos. Por isso, desejo que tenham muito êxito nessa caminhada”, pontua.

 

Ele também enfatiza a situação crítica que o monopólio cria para uma nação. “Em qualquer lugar do mundo, e seja qual for a situação, qualquer tipo de monopólio gera condições desfavoráveis para o povo. É preciso combater com firmeza de propósito esta prática, com o objetivo principal de mostrar à sociedade a nossa responsabilidade de cidadão e entidade para com a nossa Pátria”, finaliza.

 

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força Sindical, também se sensibiliza e apoia a luta da Associação. “Considero a Anfape uma entidade idônea, que luta pelos interesses de seus associados, que tornaram representativo o setor de reposição independente de autopeças no Brasil. Nossas relações são de respeito mútuo quando negociamos medidas de interesses dos trabalhadores e da sociedade em geral”, conclui.

 

 

O mercado de reposição de autopeças conta com um faturamento anual acima de R$ 70 bilhões e é responsável pela manutenção de cerca de 90% da frota circulante nacional. Ao todo são gerados mais de 965 mil empregos diretos em mais de duas mil indústrias, mais de mil distribuidores, 38,5 mil varejistas e 92,1 mil oficinas. Todos diretamente interessados na preservação do segmento. São mais de 200 mil itens para 400 modelos de veículos de todos os tipos, entre ônibus, caminhões, automóveis e motocicletas.

 

Sobre a Anfape – www.anfape.org.br

 

A ANFAPE – Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças surgiu com o intuito de representar e fortalecer o setor de reposição independente de autopeças no Brasil. Desde a sua constituição, em 2007, a entidade tem buscado reverter as acões de algumas grandes montadoras de automóveis que se valem do expediente de registrar os componentes visuais de seus veículos (capôs, para-lamas, para-choques, faróis, retrovisores etc.) como desenhos industriais com o propósito de inibir a atuação dos independentes no segmento de reposição, o que se dá por meio da proibição da produção e da comercialização das peças.

 

No início de 2007, a ANFAPE formulou uma representação junto ao Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência – CADE denunciando a conduta das montadoras FIAT, FORD e Volkswagen. Tal iniciativa teve como objetivo assegurar às empresas do mercado independente de autopeças o direito de produzirem e comercializarem itens visuais dos veículos. A Associação considera que as montadoras utilizam seus registros de desenhos industriais de peças automotivas de forma abusiva, o que configura conduta contrária à ordem econômica brasileira.